Omran, o menino de Alepo, perdeu o irmão

Ali tinha dez anos e brincava à frente da casa quando, na quarta-feira, uma bomba destruiu o edifício.

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Omran, de cinco anos, tornou-se num dos símbolos da guerra na Síria

Ali Daqneesh, o irmão de Orman, o rapaz de olhar vazio e rosto coberto de pó e sangue que se tornou no mais recente símbolo da guerra na Síria, morreu no hospital, três dias depois do bombardeamento que atingiu a sua casa de família. A notícia foi dada pelo pai, citado por activistas anti-regime em Alepo.

Ali tinha dez anos e brincava à frente da casa quando, na quarta-feira, uma bomba destruiu o edifício. Foi o membro da família Daqneesh que ficou ferido com maior gravidade no ataque, cuja autoria não é conhecida. Outras três pessoas morreram. Tanto a Rússia como as forças sírias leais ao Presidente Bashar al-Assad têm bombardeado posições rebeldes em Alepo, o actual centro das atenções dos muitos lados em conflito no país.

Omran, de cinco anos, foi resgatado dos escombros da casa com ferimentos ligeiros. Com o rosto ensanguentado e uma expressão atordoada, foi filmado e fotografado sentado na ambulância que o levaria para o hospital. A imagem circulou rapidamente pelas redes sociais e chegou às primeiras páginas de jornais de todo o mundo, incluindo o PÚBLICO. A fotografia fez lembrar outro símbolo do conflito: Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos cujo corpo inanimado encontrado numa praia da Turquia representou os milhares de refugiados perdidos nas águas do Mediterrâneo desde o início da guerra, em 2011. 

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