O terror rebelde e o terror de Estado

Num momento em que está já em marcha a ofensiva do exército iraquiano para desalojar o autodenominado Estado Islâmico (EI) de cidades como Tikrit e Mossul, o que significa livrá-las do domínio de um obscurantismo assassino, chega da Arábia Saudita a denúncia do que o blogger Raif Badawi pode vir a ser condenado à morte. Badawi, recorde-se, foi condenado a 600 chicotadas e sete anos de prisão por alegadas “ofensas ao Islão” (pena agravada para 1000 chicotadas e dez anos de prisão). Agora, a sua família diz que querem reenviá-lo para o mesmo juiz que já quis julgá-lo por apostasia, embora sem êxito, porque o seu tribunal não tinha poderes para isso. Mas já tem, mediante uma alteração legislativa de finais de 2014. Ora a apostasia é punida com a decapitação – e isto é a Arábia Saudita ao melhor estilo do EI. É bom que o mundo se mobilize para travar este terror de Estado, com a mesma veemência com que combate o terror rebelde.

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