Número de mortos no Evereste sobe para 13
Buscas prosseguem para encontrar outros três desaparecidos, mas sem esperança de que tenham sobrevivido.
As equipas de resgate no Evereste encontraram este sábado mais um corpo de um guia nepalês vítima de uma grande avalanche na sexta-feira, elevando para 13 o número de mortos confirmados deste acidente.
As equipas de socorro vão continuar a procurar três guias que ainda estão desaparecidos, mas é provável que o número de vítimas se venha a elevar a 16. "Não há esperança de encontrar vivas as pessoas que faltam. Estiveram sob a neve mais de 24 horas", afirmou Dipendra Paudel, responsável do Ministério do Turismo do Nepal.
Sete pessoas escaparam com vida à avalanche. "Veio do nada, um bloco gigantesco que caiu do alto e se abateu sobre nós", relatou à AFP Dawa Tashi Sherpa, de 22 anos, um dos guias que sobreviveu e que recupera num hospital em Katmandu. "Queria correr mas não tive tempo, estávamos presos", acrescentou.
Os homens que morreram pertenciam a um grupo que transportava equipamentos para as expedições ao Evereste que se iniciam nesta nesta altura do ano. A avalanche deu-se na sexta-feira, pelas 6h45 locais (2h00 em Lisboa) a 5800 metros de altitude, numa área onde se encontravam cerca de 50 pessoas.
Nesta época, centenas de alpinistas e respectivas equipas aguardam no campo-base do Evereste, onde normalmente se preparam para escalar os 8850 metros da montanha. Muitos estão a desistir, outros estão na expectativa. As condições meteorológicas têm-se mostrado desfavoráveis nesta temporada de subidas autorizadas pelo governo nepalês, que termina no próximo mês. O trabalho dos "sherpas" é garantir as condições mínimas nas rotas e facilitar a escalada.
Este é já considerado o pior acidente na mais alta montanha do mundo. Antes deste, o mais grave acidente no Monte Evereste, nos Himalaias, tinha sido em 1996, quando oito pessoas morreram numa expedição.