Nigeriana vence concurso Miss Mundo Muçulmano

Beleza e valores morais deram prémio a jovem de 21 anos.

Ajibola no momento em que é anunciada vencedora
Fotogaleria
Ajibola no momento em que é anunciada vencedora Beawiharta/Reuters
Fotogaleria
Beawiharta/Reuters
Fotogaleria
YT Haryono/Reuters
Fotogaleria
ADEK BERRY/AFP
Fotogaleria
ADEK BERRY/AFP
Fotogaleria
ADEK BERRY/AFP
Fotogaleria
ADEK BERRY/AFP

Obabiyi Aishah Ajibola, uma nigeriana de 21 anos que se dedica ao estudo da relação entre o islão e as mulheres no seu país, foi a vencedora do primeiro concurso Miss Mundo Muçulmano, que decorreu em Jacarta, na Indonésia.

Pouca maquilhagem, vestidos coloridos que cobrem todo o corpo a combinar com o hijab (véu islâmico), e saltos altos. Foi assim que Ajibola e as outras 19 concorrentes se apresentaram na primeira edição internacional do evento.

O pequeno grupo foi escolhido entre as mais de 500 mulheres muçulmanas que se inscreveram a partir de países como o Irão, Indonésia, Malásia, Bangladesh ou Brunei, ao concurso que pretende ser uma resposta ao Miss Mundo, que todos os anos recebe fortes críticas do mundo islâmico.

O concurso é aberto apenas a mulheres muçulmanas que respeitam as tradições religiosas e é promovido por uma organização de mulheres islâmicas, a Fundação Mundo Muçulmano. Os fatos usados pelas concorrentes reflectem as "cores do mundo muçulmano" e a beleza não é o único critério, como explicou Eka Shanty, da organização, ao site Asia News. As concorrentes foram avaliadas segundo três "s" – smartness (inteligência), style (estilo) e sholehah (moral).

Se em Bali, na Indonésia, estão as mulheres mais bonitas de todo o mundo para disputarem o título Miss Mundo, em Jacarta, no próximo dia 28, a beleza muçulmana mas também as virtudes morais passam a estar agora representadas por Ajibola, que recebeu o prémio em lágrimas e sempre a agradecer a Alá.

“Queremos mostrar que uma muçulmana que tem talento pode ser bela e que o hijab não impede a realização de qualquer actividade”, disse Ajibola em declarações à AFP depois de receber um prémio de 25 mil rupias indonésias (1600 euros) e viagens a Meca e à Índia.

Após a vitória, a nigeriana quis sublinhar que o concurso Miss Mundo Muçulmano é “muito diferente do Miss Mundo, onde as mulheres adoram mostrar as suas formas, onde apenas existe uma questão de atracção física”. “Aqui [concurso miss muçulmana], não se trata das nossas características físicas ou da nossa beleza mas o nosso interior, o que podemos dar ao mundo, a nossa humanidade, a nossa inteligência”, continuou Ajibola.
 
 

Sugerir correcção
Comentar