Jornal The New York Times apoia Hillary Clinton

Direcção do jornal declara a sua escolha nas vésperas do primeiro debate televisivo entre Clinton e Trump.

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"O empenho de toda uma vida a resolver problemas no mundo real qualifica Hillary Clinton para o cargo", refere o influente jornal NICHOLAS KAMM/AFP

Num editorial publicado online, o jornal The New York Times declarou este sábado o seu apoio à candidatura de Hillary Clinton à presidência dos Estados Unidos, considerando-a “um dos mais empenhados políticos da sua geração” e afirmando que querer compará-la ao seu rival republicano, Donald Trump, “é um exercício vão”.

O texto, que sairá domingo na edição impressa, assume que, “num ano eleitoral normal”, o jornal estaria a comparar os dois candidatos e a suas propostas, mas que este seria “um exercício vão numa corrida em que um candidato”, Hillary Clinton, “tem uma folha de serviço e apresenta um conjunto de ideias pragmáticas”, e o outro, Donald Trump, “não revela nada de concreto sobre si próprio ou os planos que tem [para o país], ao mesmo tempo que promete a Lua e oferece as estrelas a prestações”.

A posição do jornal aparece nas vésperas do primeiro debate televisivo entre os dois candidatos presidenciais, que se enfrentarão na segunda-feira à noite, e não constitui propriamente uma surpresa, já que o último candidato republicano apoiado pelo New York Times foi Dwight Eisenhower nas eleições de 1956. Talvez mais significativo seja o facto de jornais mais conotados com o campo conservador, como o Dallas Morning News ou o Cincinnati Enquirer, terem já também declarado o seu apoio a Hillary Clinton.

O editorial do New York Times defende que a experiência de Clinton como secretária de Estado a torna mais qualificada do que Trump para orientar a política externa dos Estados Unidos e termina com um apelo aos americanos para que votem num presidente adulto: “A guerra e a recessão obrigaram os americanos nascidos depois do 11 de Setembro [de 2001] a crescer depressa, e eles merecem um presidente adulto. O empenho de toda uma vida a resolver problemas no mundo real qualifica Hillary Clinton para o cargo, e o país devia pô-la a trabalhar”.

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