Mulher executada no Texas adormeceu e ressonou antes de morrer

Susanne Basso foi a 14.ª mulher executada em quase quatro décadas.

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Susanne Basso foi condenada à morte por ter torturado e assassinado um homem com perturbações mentais Reuters

Nos Estados Unidos há pudor em executar mulheres. Mas de vez em quando mais uma é morta – Suzanne Basso, de 59 anos, tornou-se na madrugada desta quinta-feira a 14.ª mulher executada em quase quatro décadas.

Só 2% dos condenados nos EUA são mulheres e só 60 entre 3100 foram condenadas à morte. Desde que a pena de morte foi reintroduzida neste país, em 1976, foram executados 1400 homens. Desde 1999, o número de execuções baixou 60% devido aos erros judiciais, aos custos e demora dos recursos judiciais e à escassez de medicamentos para injecções letais (farmacêuticas e países fornecedores deixaram de querer estar associados à pena de morte e deixaram de fornecer os produtos).

Alguns estados onde a pena de morte é praticada procuraram outras fórmulas para os coktails letais. O Texas foi um deles. Foi neste estado que Suzanne Basso foi executada e, de acordo com o relato do jornalista da Associated Press que assistiu à execução, houve um momento desconcertante – a mulher adormeceu e ressonou, antes do seu coração parar. Todo o processo de morte durou 11 minutos. Basso não quis fazer uma declaração final e antes de lhe ser dada a injecção letal chorou.

Basso fora condenada em 1998 por ter torturado e assassinado um homem com perturbações mentais com quem tinha prometido casar. O tribunal considerou que Basso, juntamente com cinco cúmplices (só ela foi condenada à morte) pretendiam ficar com o dinheiro do seguro de vida da vítima, cujo corpo foi encontrado com queimaduras de cigarro.

A equipa de defesa argumentou que a ré sofria de perturbações mentais, o que foi rejeitado. Depois os advogados disseram que Suzanne Basso estava condenada à partida pela sua aparência (era obesa), mas a filha da ré, quando testemunhou contra a mãe, contou que era vítima constante da sua violência. O tribunal considerou que Basso era a chefe do gangue.

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