Monti confirma que é candidato a primeiro-ministro de Itália

O primeiro-ministro demissionário vai liderar uma coligação centrista que tem como manifesto político a "Agenda Monti para a Itália".

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Monti lidera uma coligação centrista Remo Casilli/Reuters

O italiano Mario Monti confirmou que é candidato a primeiro-ministro nas eleições legislativas marcadas para Fevereiro de 2013.

O chefe do governo demissionário italiano aceitou liderar uma coligação de partidos centristas, cuja plataforma política é a execução do seu programa para “mudar a Itália e reformar a Europa”.

“Uma nova formação política acaba de nascer”, informou Monti numa conferência de imprensa improvisada no final de uma reunião de horas com representantes de partidos e organizações cívicas do centro.

“Concordei em assumir o papel de líder desta coligação e comprometo-me com o sucesso desta operação”, acrescentou.

O antigo comissário europeu e ex-conselheiro do banco Goldman esclareceu que não se trata de um novo partido, mas antes de uma “aliança” de diferentes forças que pretendem trabalhar juntas para pôr em prática a sua agenda política pró-europeia.

“A tradicional divisão entre direita e esquerda tem um valor histórico e simbólico, mas já não responde à verdadeira aliança que a Itália precisa”, explicou.

Assim, as forças que integram a coligação vão formar uma lista única para concorrer ao Senado, denominada precisamente “Agenda Monti para a Itália”. Para a Câmara de Deputados, existe um acordo de “federação” entre os candidatos dos diferentes partidos para apoiar Monti – que como senador vitalício, não pode ter o nome nos boletins de voto, mas liderará o Governo caso a coligação vença nas urnas.

Monti, que se demitiu há exactamente uma semana, após a aprovação da proposta de orçamento para 2013, foi nomeado primeiro-ministro pelo Presidente Giorgio Napolitano em Novembro de 2011, que empossou um novo Executivo de tecnocratas em substituição do desacreditado Governo de Silvio Berlusconi, que se revelou incapaz de oferecer soluções para a crise financeira do país.

A demissão do Governo não eleito tornou-se inevitável depois de o partido Povo de Liberdade de Berlusconi ter retirado o apoio parlamentar às políticas de Monti. 

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