Miguel Portas e Louçã agredidos pela polícia espanhola

Foto
A manifestação anti-globalização decorre hoje nas ruas de Sevilha Louisa Gouliamaki/EPA

Vários elementos do Bloco de Esquerda (BE) ficaram hoje retidos na fronteira de Vila Verde de Ficalho, quando se dirigiam para Sevilha, para participarem na manifestação antiglobalização, que se realiza naquela cidade espanhola. Os dirigentes Miguel Portas e Francisco Louçã foram "empurrados e relativamente esmurrados" pela polícia espanhola.

Os militantes do BE viajam em "vários autocarros", segundo disse Miguel Portas, e foram surpreendidos pela polícia espanhola - na fronteira de Vila Verde de Ficalho (distrito de Beja) - a impedir o acesso dos autocarros a Espanha. O Corpo de Intervenção da polícia alegou que a operação era "em nome da segurança nacional" de Espanha.

O dirigente bloquista Miguel Portas confirmou a agressão policial, afirmando tratar-se "de uma situação claríssima de atentado de liberdades fundamentais na Europa", visando impedir que um grupo de cidadãos participe numa manifestação autorizada.

"É assim que os governantes da União Europeia pretendem resolver os problemas de diferença de opinião na Europa", questionou, acrescentando o mesmo dirigente político que, apesar de tudo, não ficou ferido.

Os trabalhos da Cimeira Europeia de Sevilha já terminaram. O protesto anti-globalização realiza-se esta tarde naquela cidade espanhola. Em pouco mais de 24 horas, verificaram-se cinco atentados no Sul de Espanha, todos com a marca da organização separatista basca ETA.

Sugerir correcção
Comentar