Le Pen diz que prioridade da Frente Nacional para 2014 é o combate à UE

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Apresentação do programa da extrema-direita THOMAS SAMSON/AFP

A presidente da Frente Nacional francesa, Marine Le Pen, deu esta terça-feira a primeira conferência de imprensa do ano onde traçou as "frentes de combate" do partido de extrema-direita para 2014. Na primeira linha, disse, está o combate à União Europeia.

A seguir, surge a guerra à insegurança, que é, na verdade, a luta contra os ciganos. "Vamos fazer uma grande ofensiva contra o laxismo do Estado, nomeadamente para com a delinquência nómada estrangeira", disse, sublinhando que é preciso fazer desaparecer os ciganos "de entre" os franceses. O terceiro grande combate do ano da Frente Nacional é pela "liberdade de expressão".

Marine Le Pen diz defender a "liberdade da imprensa" e disse que os jornalistas "mortos, feridos ou feitos reféns" estão no seu pensamento. "A imprensa livre faz o seu trabalho quando decifra, analisa e desenvolve informações". O jornal Le Monde sublinhava que, apesar destas declarações, a líder da extrema-direita francesa não permitiu que o Petit Journal assistisse à conferência de imprensa. "Alguns media estão assumidamente e claramente numa guerra. E devem assumir as consequências", disse Le Pen.

Respondendo a perguntas dos jornalistas, Le Pe comentou o caso Dieudonné, o humorista cujas piadas anti-semitas levaram o ministro do Interior, Manuel Vals, a anunciar que o Governo está a procurar uma forma legal de proibir os espectáculos – já quatro cidades os proibiram. Disse estar "chocada e ferida" pelas afirmações de Dieudonné, mas explicou não concordar com a iniciativa de Vals. "Não quero que o sr. Dieudonné sirva de pretexto para que haja censura, nomeadamente na Internet".

Marine Le Pen disse ainda que este ano vai tornar a Frente Popular no "partido da vida real", por oposição aos que não passam de uma "cortina de fumo" e que procuram constantemente o "embrutecimento organizado do debate político". "Nós vamos abordar as questões que importam, as verdadeiars preocupações dos nossos compatriotas. Nós falaremos do poder de compra, do desemprego, da segurança, das pequenas pensões, das comunidades".

 
 

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