Manifestantes anti-Trump causam distúrbios em Washington

Janelas de sucursais bancárias e do McDonald's foram destruídas pelos manifestantes que entraram em confronto com a polícia. Pelo menos 217 pessoas foram detidas e seis polícias com ferimentos ligeiros.

Fotogaleria
Twitter/Patrick Madden
Fotogaleria
© Rebecca Cook / Reuters
Fotogaleria
LUSA/Astrid Riecken
Fotogaleria
LUSA/Astrid Riecken

Os manifestantes anti-Trump que se reuniram nas ruas de Washington no dia em que o novo Presidente tomou posse destruíram vidros de lojas e de carros e entraram em confrontos com as forças policiais preparadas com equipamento anti-motim e que responderam com spray pimenta e granadas de atordoamento.

Cerca de 500 pessoas, segundo a Reuters, algumas com a cara tapada com máscaras e lenços, marcharam pelo centro da capital norte-americana, destruindo as janelas, utilizando por exemplo martelos, de uma sucursal do Bank of America, do McDonald’s ou do Starbucks, vistos como símbolos do sistema capitalista dos EUA. Entoando slogans contra o novo Presidente dos EUA, os manifestantes derrubaram também caixotes do lixo.

Os manifestantes, que transportavam cartazes, dizendo por exemplo “Tornar os Racistas Receosos Outra Vez”, foram dispersados pela polícia.

As autoridades de Washington informaram que realizaram “numerosas” detenções na sequência destes confrontos. Os detidos enfrentam acusações de tumulto. “Spray pimenta e outros dispositivos de controlo foram utilizados para controlar os actores criminais e para proteger pessoas e propriedade”, afirmou a polícia da capital norte-americana em comunicado citado pela Reuters. Já no final da noite, as autoridades de Washington informavam que 217 pessoas foram detidas e que dois polícias sofreram ferimentos ligeiros.

Durante o dia, activistas de um grupo separado denominado de Disrupt J20 bloquearam vários pontos de segurança que conduzem à maior área de assistência da cerimónia da tomada de posse reservada para o público em geral. Alguns foram detidos pelas autoridades.

O organizador dos protestos da parte do Disrupt J20, Alli McCracken, de 28 anos, afirmou, citado pela Reuters, que o grupo estava a mostrar o seu desagrado pelas declarações de Trump sobre mulheres, imigrantes e muçulmanos”: “Temos muitas pessoas de diferentes origens que é contra o imperialismo dos EUA e sentimos que Trump vai continuar com esse legado”, referiu McCracken.

Os protestos estenderam-se a outras cidades, tais como no Iowa, onde não se registaram incidentes, e São Francisco onde os manifestantes bloquearam a sede da Uber, relata a imprensa local. Um cartaz colocado no local dizia: “Uber colabora com Trump".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sugerir correcção
Comentar