Governo convoca conselho de segurança ucraniano e diz que há troca de tiros no Leste do país

Ministro do Interior, através do Facebook, diz que há "uma agressão da Federação Russa".

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Arsen Avakov adverte os ocupantes para "uma resposta apropriada" das autoridades ucranianas Shamil Zhumatov/Reuters

O Presidente interino da Ucrânia, Olexandre Tourtchinov, convocou para este sábado à noite uma reunião do conselho de segurança e o ministro do Interior anuncia que há troca de tiros no Leste do pais.

Na sua página do Facebook, o ministro do Interior, Arsen Avakov, diz que, em Kramatorsk, há troca de tiros entre homens armados pró-Rússia e a polícia. Avança também que na região Leste vários grupos de homens armados estão a ocupar edifícios governamentais.

O ministro acusa Moscovo de estar a orquestrar estas acções - fala mesmo de "uma agressão da Federação Russa".

Avakov tinha dito que haveria uma resposta "muito dura" à tomada de edifícios públicos naquela zona do país.

Um grupo de homens armados ocupou, este sábado, o edifício da polícia e outro dos serviços de segurança na cidade de Slaviansk. "Homens armados, vestidos com uniformes camuflados, ocuparam o departamento da polícia em Slaviansk. A resposta vai ser muito dura, porque há uma diferença entre manifestantes e terroristas”, escreveu o Avakov quando estava ocupado apenas o edifício da polícia.

Horas depois, uma parte do grupo avançou para a sede dos serviços de segurança e ocupou-a também. "O mesmo grupo que ocupara a sede da polícia está no edifício dos serviços de segurança", anunciou a polícia em comunicado citado pela AFP.

“Vou dizer isto uma vez mais: aqueles que querem diálogo... vão ter diálogo e procura de soluções. Aqueles que recorrem às armas, pegam fogo a edifícios, disparam contra as pessoas, aterrorizam-nas com bastões e máscaras, essas pessoas vão enfrentar uma resposta apropriada”, escrevera o ministro do Interior na mesma publicação.

Na sexta-feira terminou o prazo, de 48 horas, que tinha sido dado pelo Governo ucraniano para que homens armados que tinham ocupado edifícios dos governos regionais das cidades de Donetsk e Lugansk os abandonassem. A ameaça de os expulsar à força não se concretizou.

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