Mais homens, mais armas, mais mortes

A cada dia que passa, os objectivos de Israel na operação contra o Hamas parecem ser mais ambiciosos e imunes a qualquer obstáculo, mesmo ao cada vez mais obsceno “espectáculo” de civis despedaçados por bombas “cegas” à mínima clemência. Ontem foram mobilizados mais 16 mil reservistas, reforçado o arsenal bélico com compra ao Departamento de Defesa dos EUA de morteiros e munições para lança-granadas que já estavam em solo israelita, como parte de uma reserva americana. E foi anunciado por Netanyahu que a actual destruição de túneis é apenas a primeira fase de uma operação mais vasta que tem por objectivo a desmilitarização da Faixa de Gaza. As perspectivas, em termos humanos, são dantescas. Aos 1358 mortos, 1300 palestinianos e 58 israelitas, quantos irão somar-se até que tal objectivo se cumpra? O que será preciso para que tal pesadelo termine? A antiga “paz dos bravos” irá transformar-se na “paz dos mortos”?

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