Mais de um mês após o acidente, primeiros corpos de vítimas do voo MH17 chegam a casa

Cerimónia em Kuala Lumpur para 20 vítimas. Ainda faltam chegar outras dez e identificar três pelos peritos holandeses.

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Cerimónia teve honras de Estado MANAN VATSYAYANA/AFP

Os restos mortais de 20 de 43 vítimas malaias da queda do avião da Air Malaysia que caiu na Ucrânia chegaram ao país 37 dias depois ao acidente.

Peritos holandeses demoraram um mês para identificar os restos mortais destas primeiras vítimas – foram identificadas 30, mas as restantes dez ainda aguardam resposta das autoridades holandesas. Para além da identificação, é preciso ainda um processo de certificados – o de óbito, médico, um relatório do acidente e uma permissão para entrega do corpo por parte das autoridades holandesas.

Na Malásia foi declarado um dia de luto. À chegada do avião foi feito um minuto de silêncio e a bandeira estava a meia haste.

“Pelo menos temos um corpo para enterrar”, disse a irmã de uma das vítimas. Todos os 298 passageiros e tripulação a bordo do Boeing 777 da Malaysia Airlines morreram quando este foi atingido por um míssil ao sobrevoar a Ucrânia. Kiev e Washington apontam o dedo a combatentes pró-russos armados com equipamento de Moscovo que mal saberiam utilizar – há dias que estes guerrilheiros tinham abatido aviões ucranianos na zona.

As cerimónias tiveram a presença do primeiro-ministro e Presidente e honras de Estado, mesmo tratando-se de mortos civis, o que se explica por esta ter sido a segunda tragédia com um avião da companhia nacional, a Malaysia Airlines. O outro voo, MH370, desapareceu em Março, em trânsito de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo. Sem se ter encontrado qualquer vestígio do avião ou qualquer explicação para o que aconteceu, é impossível encerrar esse capítulo com uma cerimónia.

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