Maioria dos britânicos apoia assassínio selectivo de terroristas no Reino Unido

Sondagem mostra que o assassínio do Presidente sírio não recolhe o apoio dos britânicos inquiridos.

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Um drone Predator da Força Aérea norte-americana Reuters

A maioria dos cidadãos britânicos que responderam a um questionário da empresa de sondagens YouGov apoia as operações de “assassínio de terroristas”, tanto no estrangeiro como no seu próprio território.

Os ataques com aviões não tripulados (drones) em países como o Paquistão, o Afeganistão ou Iémen recolhem o apoio de 54%, um valor semelhante ao que resulta da pergunta sobre o assassínio de terroristas no Reino Unido, que é de 52%.

Mais do que o assassínio de pessoas consideradas terroristas, os britânicos questionados nesta sondagem apoiam a realização de ataques mortíferos contra piratas e sequestradores – 57% a favor e 29% contra.

Mas quando a pergunta contém um nome, o caso muda de figura, ainda que esse nome seja o de Bashar al-Assad. Questionados sobre se apoiariam o assassínio do Presidente sírio, apenas 27% responderam que sim, contra os 49% que se manifestaram contra.

Também o assassínio de cientistas nucleares iranianos é visto com menos entusiasmo pela maioria dos 1966 britânicos questionados pelo instituto YouGov: 26% a favor e 56% contra.

O estudo, citado pelo site do jornal The Guardian, mostra ainda que nem a certeza de que um ataque contra um terrorista resultaria na morte de civis demove os defensores dos drones, desde que esteja em causa um ataque iminente contra o Reino Unido. Neste caso, 64% dos que apoiam as operações de assassínio selectivo manteriam o seu apoio, ainda que viessem a morrer dois ou três civis inocentes. Se morressem entre dez e 15 civis inocentes, 60% continuariam a apoiar os assassínios selectivos.

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