Maioria dos brasileiros acredita que há corrupção nas obras do Mundial 2014

Sondagem da Datafolha também mostra que a insegurança nas ruas durante o torneio está no topo das preocupações dos inquiridos.

Foto
O estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, já está pronto Washington Alves/REUTERS

A pouco mais de um ano e meio da abertura da Campeonato do Mundo de Futebol no Brasil, uma sondagem da Datafolha, publicada nesta terça-feira no jornal Folha de São Paulo mostra que 76% dos entrevistados acreditam que há corrupção nas obras de preparação para o torneio.

Apesar do número elevado de pessoas que acreditam existir desvio de recursos públicos, 90% dizem que consideram o Mundial importante para o país (70% pensam que será muito importante, e 20%, um pouco importante).

A percepção de que existe corrupção nas obras da Copa aumenta conforme o grau de escolaridade do entrevistado: 68% entre os que têm apenas o ensino básico, 81% para os que têm ensino secundário e 89% para quem tem formação universitária.

As percentagens também mudam consoante o rendimento dos inquiridos: classe baixa: 70%; classe média: 82%; e classe alta: 87%.

Há mais inquiridos a responder Não sabe/não responde (15%) do que pessoas que dizem não acreditar em corrupção (9%)

Para a maioria dos entrevistados (59%), o nível de corrupção nas obras do Mundial de Futebol é igual ao de outras obras públicas.

Segurança é a grande preocupação
A sondagem publicada na Folha de São Paulo também sugere que, para a maioria dos brasileiros, a segurança nas ruas é a principal preocupação.

Com jogos em 12 cidades – Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo – 60% dos inquiridos acreditam que o país não vai estar preparado para garantir a segurança nas ruas durante a disputa do Mundial. Apenas 9% consideram que o país está totalmente preparado para garantir a segurança.

A sondagem Datafolha ouviu 2588 pessoas em 160 municípios no dia 13 de Dezembro. A margem de erro é de 2%.

A Folha de São Paulo recorda que dos 12 estádios que vão acolher um total de 64 jogos, dois deles já foram reinaugurados pela Presidente Dilma Rousseff após obras de modernização: o Castelão, em Fortaleza, e o Mineirão, em Belo Horizonte. Nas cerimónias, Dilma sublinhou que os brasileiros “são bons dentro e fora do campo”.

 

Sugerir correcção
Comentar