Desde Setembro do ano passado que o autoproclamado Estado Islâmico tentava tomar o controlo da cidade curda síria. Pela localização estratégica, pela intensidade dos combates e pelo envolvimento de várias forças de coligação a defender a cidade, a queda de Kobani, além de um grande revés no combate aos jihadistas radicais, teria um peso simbólico enorme. Pelas mesmas razões a libertação total da cidade anunciada ontem pelos curdos, e a expulsão dos radicais do EI, é uma grande vitória (táctica e simbólica) dos combatentes curdos sírios, dos peshmerga que vieram em auxílio e da Administração Obama, que apadrinhou os ataques aéreos. Agora espera-se que os milhares que fugiram de Kobani, sobretudo para a Turquia, regressem nos próximos dias. Mas irão regressar para uma cidade onde falta tudo, desde hospitais a água. Kobani, agora liberta, vai precisar novamente de ajuda internacional para se reerguer.