Nasceu a princesa de Cambridge, quarta na linha da sucessão do trono britânico

O segundo filho de William e Kate nasceu num momento particular: dentro de dias há eleições legislativas.

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A nação queria uma princesa e é rapariga a segunda filha dos duques de Cambridge AFP/BEN STANSALL
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William e Kate com a filha recém-nascida à porta do hospital St. Mary's, no centro de Londres REUTERS/Suzanne Plunkett
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A nova princesa de Cambridge é a quarta na linha de sucessão, atrás do avô Carlos, do pai William e do irmão mais velho George AFP/BEN STANSALL
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O nascimento foi às 8h44, duas horas depois de a mãe ter chegado à maternidade REUTERS/John Stillwell
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William, que assistiu ao parto, saiu do hospital ao fim da tarde, para ir buscar o filho para ver a mãe e a irmã AFP/LEON NEAL
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O anúncio do nascimento foi feito pela maneira tradicional, mas também via redes sociais AFP/BEN STANSALL
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Aceitam-se apostas para o nome da nova bebé real: o anúncio pode demorar alguns dias AFP/JUSTIN TALLIS
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Mal se soube que Kate (como é tratada) chegara à maternidade, a multidão começou a juntar-se AFP/LEON NEAL
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A multidão, entre ela alguns turistas, estava emocionada AFP/LEON NEAL
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A nova princesa nasceu num momento muito particular no Reino Unido: na quinta-feira há legislativas AFP/BEN STANSALL
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A nação – representada pelas centenas de pessoas concentradas à porta do hospital St. Mary, em Londres – queria uma princesa. E é rapariga a segunda filha dos duques de Cambridge, William e Catherine. Nasceu às 8h44, duas horas depois de a mãe ter chegado à maternidade.

Mal se soube que Kate (como é tratada) chegara à maternidade – à ala Lindo do St. Mary –, a multidão começou a juntar-se. Alguns levaram sacos de cama, preparando-se para uma longa espera, mesmo para passar a noite, se preciso fosse. Kate esteve dez horas em trabalho de parto quando nasceu o primeiro filho, George, que tem agora 21 meses.

Quando George nasceu, a multidão era bem maior. “Foi diferente porque o nascimento de George foi o nascimento de um rei, o que não é agora o caso”, disse à Sky News o especialista em assuntos reais Alastair Bruce.

Ainda assim, a multidão, entre ela alguns turistas, estava emocionada. Um grupo decidiu fazer uma aposta informal sobre o nome que William e Kate escolherão para a filha. Alice estava em primeiro lugar, Charlotte a seguir. Pode demorar alguns dias até saber-se o nome. O de George foi divulgado três dias depois de a criança ter nascido, o que foi um enorme progresso em relação ao passado – só se soube que o príncipe Carlos se chamava Carlos um mês depois de ter nascido.

O anúncio do nascimento foi feito pela maneira tradicional, mas também via redes sociais. À porta da maternidade, um funcionário do palácio vestido a rigor, gritou à multidão: “oh yey, oh yey, oh yey. Neste dia, o segundo dia de Maio do ano 2015, damos as boas vindas com humildade ao segundo filho do duque e da duquesa de Cambridge. A princesa é a quarta na linha de sucessão do trono, desejamos-lhes felicidades. Que Deus proteja a rainha”. Numa das portas do Palácio de Buckingham será afixada uma proclamação.

Termina tradição com 300 anos
A nova princesa de Cambridge é a quarta na linha de sucessão, atrás do avô, Carlos – que tinha dito que queria muito uma neta –, do pai William e do irmão mais velho George.

No passado dia 28 de Março, o governo britânico anunciou a entrada em vigor de uma lei que pôs fim a uma tradição de 300 anos da primogenitura masculina. Consequência: a herdeira que agora nasceu não pode ser afastada por eventuais irmãos mais novos do sexo masculino. Ou seja, ela mantém-se no quarto lugar na ordem de sucessão ao trono. No entanto, os eventuais filhos de George irão ultrapassá-la na linha de sucessão.

Até agora, as princesas subiam ao trono por defeito, na ausência de irmãos mais novos. A rainha Isabel II, bisavó da herdeira que agora nasceu, chegou ao trono porque tinha uma irmã mais nova mas não um irmão. Depois de anos de debates para pôr fim a esta desigualdade, a mudança legislativa foi precipitada pelo casamento de William e Kate em 2011. A nova lei só se aplica aos herdeiros nascidos “depois de 28 de Outubro de 2011” o que exclui da linha sucessória a princesa Ana, segunda filha da Rainha Isabel e do príncipe Philip.

O Reino Unido não é o primeiro país a modernizar as suas regras de sucessão. Suécia, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Luxemburgo e Noruega já o fizeram antes. Espanha e o Mónaco ainda mantêm a primogenitura masculina.

Legislativas na quinta-feira
A nova princesa nasceu num momento muito particular no Reino Unido. Na quinta-feira há legislativas e um dos temas no topo da agenda eleitoral é a composição futura da união, com o partido nacionalista escocês, que defende a independência da Escócia, a preparar-se para ter um resultado histórico e a dizer que um segundo referendo sobre a separação vai acontecer – no primeiro, realizado no ano passado, o “não” à independência ganhou por curta margem.

“A monarquia existe para defender o processo democrático”, considerou Alastair Bruce, que espera que este nascimento não perturbe o processo eleitoral. O facto de ser um segundo filho irá fazer com que o nascimento desta princesa não domine a agenda dos media, disse. “É uma excelente notícia darmos as boas vindas a uma nova vida. Mas nada  pode interferir no processo da nação tomar decisões. Claro que eles [os duques] não têm culpa de a filha ter nascido neste momento”, disse o comentador.

Mas os líderes fizeram uma pequena pausa na campanha para darem os parabéns ao casal – Ed Miliband, David Cameron e um entusiasta Nick Clegg que numa sessão de campanha pediu aplausos par a nova princesa. Farage também desejou felicidades.

William, que assistiu ao parto, saiu do hospital ao fim da tarde, para ir buscar o filho para ver a mãe e a irmã. “Estamos muito felizes”, disse, acrescentando que a mulher e a filha estão “bem”. Ainda antes da hora do jantar, os duques de Cambridge deixaram o hospital em direcção ao palácio de Kensington.

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