José Eduardo dos Santos substitui comandante da polícia de Luanda

Exoneração “por conveniência de serviço”, ocorreu depois de um fim-de-semana de actos violentos a que a UNITA atribui motivação política.

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Mudanças na chefia da Polícia Nacional Luanda seguiram-se a episódios de violência Miguel Madeira

O Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, exonerou a comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional, comissária-chefe Elizabeth Ranque Franque.

Não é estabelecida relação entre os factos, mas a exoneração, anunciada na segunda-feira, ocorreu depois de um fim-de-semana em que Luanda foi palco de episódios de violência que provocaram cinco mortes e a que a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), principal partido da oposição, atribui contornos políticos.

Na madrugada de sábado, três agentes da Polícia Nacional foram assassinados, no município de Cacuaco, Luanda, por desconhecidos. O principal partido de oposição acusou a polícia de, na mesma noite, ter morto dois dirigentes seus em Kikolo, no mesmo município.

Num texto colocado no seu site, a UNITA atribuiu a um militante de Cacuaco a declaração de que se estava perante uma “reedição da caça ao homem” para “eliminação selectiva dos militantes” do partido e atribuía a um “observador atento”,  não identificado, a afirmação de que a morte dos polícias poderia “ser usada como pretexto para a eliminação dos quadros fortes da UNITA" no município.

A exoneração de Elizabeth Ranque Franque também delegada provincial do Ministério do Interior, “por conveniência de serviço”, segundo a agência Angop, obriga a alguns arranjos nas estruturas de chefia da Polícia Nacional. O novo comandante provincial de Luanda é o comissário António Maria Sita, que foi exonerado do cargo de comandante provincial e delegado do Ministério do Interior na província do Cunene. Elizabeth Ranque Franque passa a ser conselheira do comandante geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos.
 

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