José Dirceu pediu autorização para trabalhar fora da cadeia como gerente de hotel

Antigo braço direito de Lula da Silva cumpre pena devido ao escândalo de corrupção Mensalão.

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José Dirceu no dia em que foi para a cadeia Nacho Doce/Reuters

O ex-ministro brasileiro José Dirceu quer ser gerente administrativo de um hotel e pediu autorização à Vara de Execuções Penais para trabalhar fora da prisão, onde cumpre a pena de dois anos e 11 meses de cadeia, devido ao seu envolvimento no escândalo de corrupção conhecido como Mensalão.

Se for autorizado, Dirceu trabalhará das oito da manhã às cinco da tarde no hotel em Brasília e receberá 20 mil reais (6400 euros por mês).

O antigo ministro está detido desde o dia 15 de Novembro, quando se entregou, conforme decidido pelos tribunais, para cumprir a pena. Considerou ser um "preso político".

O contrato de trabalho "a título de experiência" foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal e deste seguiu para a Vara de Execuções Penais. Os termos, já assinados pelos responsáveis pelo hotel, admitem que Dirceu pode ser transferido para outro serviço "no qual demonstre melhor capacidade de adaptação desde que compatível com sua condição pessoal".

A informação consta do pedido feito pela defesa de José Dirceu para que ele possa sair da prisão de Papuda para trabalhar. "A empregadora tem plena ciência e anui com as condições do empregado no sentido de cumprir a actividade laboral, seja no que diz respeito a horário, seja por outra exigência a qualquer título, relativamente ao regime profissional semiaberto ou outro que seja determinado pelo poder judiciário para cumprimento da pena a que foi submetido em razão da condenação", define o contrato datado de 22 deste mês.

Na ficha cadastral em que pediu o emprego, assinada no dia 18 deste mês, Dirceu informa que se candidatou à vaga por "necessidade e por apreciar a hotelaria e a área administrativa". Informou ainda que é católico e que, nas horas vagas, gosta de "ler, de ver filmes e de viajar".

 
 
 

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