No dia em que publicou a primeira encíclica alguma vez escrita por dois papas, o Vaticano anunciou a santificação de outros dois, João Paulo II e João XXIII.

O Papa Francisco aprovou um segundo milagre atribuído ao pontífice polaco que liderou a Igreja Católica de 1978 até 2005, passo que faltava para a canonização. Segundo o porta-voz, padre Federico Lombardi, Francisco “simplificou os procedimentos” habituais, dando luz verde à canonização de João XXIII, líder dos católicos de 1958 a 1963.

Antes deste anúncio tinha sido publicado o texto Lumen Fidei (Luz da Fé), onde se afirma que a fé serve o “bem comum” e se pede aos crentes para “não serem arrogantes”, mas “abertos ao diálogo”, incluindo com os não crentes.

O documento – uma encíclica é uma carta destinada aos bispos e aos padres e, através destes, ao conjunto dos católicos – reitera ainda a firme oposição ao casamento gay. O casamento, escreve-se “é a união estável de um homem e de uma mulher”.

Esta encíclica foi pensada como última numa série de cartas de Bento XVI sobre as virtudes teológicas. Quando o Papa alemão anunciou a sua surpreendente renúncia, o texto estava quase acabado e foi entretanto terminado pelo Papa Francisco.