Iulia Timochenko vai tratar das costas à Alemanha

Que papel terá na política de Kiev? É provável que preveja candidatar-se à presidência.

Iulia Timoshenko a discursar na Maidan sábado, depois de ter sido libertada
Fotogaleria
Iulia Timochenko a discursar na Maidan sábado, depois de ter sido libertada Vasily Fedosenko/REUTERS
Manifestação das Femen em Paris, com uma mensagem contra Timoshenko
Fotogaleria
Manifestação das Femen em Paris, com uma mensagem contra Timoshenko ALAIN JOCARD/AFP

Iulia Timochenko foi libertada pela revolução, após 30 meses na prisão, mas deu sinais de não querer ser primeira-ministra. O seu partido anunciou que tenciona ir à Alemanha tratar-se das hérnias discais de que sofre – e que a fizeram aparecer na Maidan, em Kiev, numa cadeira de rodas, no sábado.

O convite para ir para a Alemanha foi feito pela chanceler Angela Merkel, avança a AFP, citando o comunicado do partido de Timochenko, o Pátria, mas a 6 de Março ela deverá assistir ao congresso do Partido Popular Europeu em Dublin, na Irlanda.

Se não espera ser primeira-ministra, é pouco provável que Iulia Timochenko não preveja candidatar-se à presidência – embora o seu nome suscite muitas críticas. Afinal, ela também faz parte dos oligarcas, os milionários que têm dominado a política ucraniana desde a independência da União Soviética. E as suas tiradas melodramáticas ajudaram muito a fomentar a instabilidade política ucraniana. Mas é mais entusiasmante do que os políticos da oposição – uma velha piada diz que Timochenko é o único homem na política ucraniana.

Resta ver que papel poderá Iulia Timochenko ter na actual situação, positivo ou negativo. As Femen ucranianas, em Paris, manifestaram-se junto à Torre Eiffel, com tranças louras como as dela – e traziam escrito sobre o peito “a nova marioneta de Putin”.

Sugerir correcção
Comentar