Israel reforça presença do exército nas fronteiras com Gaza

Militares dizem que a medida se destina a forçar o Hamas a inverter a escalada do conflito.

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Soldados israelitas em Jerusalém oriental, onde voltaram a acontecer protestos de palestinianos AHMAD GHARABLI/AFP

O exército israelita anunciou um reforço limitado de reservistas na fronteira com a Faixa de Gaza depois de terem sido disparados rockets contra Israel a partir daquele território, controlado pelo Hamas. O objectivo é fazer passar uma mensagem ao movimento islamista para inverter a escalada do conflito, no final de uma semana de alta tensão por causa da morte de três jovens israelitas à qual se seguiu a morte de um adolescente palestiniano, num acto de aparente retaliação.

“Trata-se de um número limitado de oficiais na reserva que foram enviados para diferentes quartéis militares, mas não para o terreno, a fim de reforçar a nossa capacidade na fronteira com Gaza”, explicou um porta-voz do exército, o tenente-coronel Peter Lerner. A missão destes reforços é a de “fazer passar uma mensagem ao Hamas para baixar a tensão, ao mesmo tempo que queremos estar preparados para todas as situações se eles não recuarem de livre vontade, porque assistimos a um aumento significativo de lançamentos de rockets, alguns deles disparados pelo próprio Hamas”, acrescentou Lerner.

No total, mais de 20 projécteis foram lançados na direcção de Israel desde a meia-noite de quarta-feira a partir da Faixa de Gaza, dois deles foram interceptados pelo sistema de defesa antimíssil Iron Dome. Duas casas de Sderot foram directamente atingidas mas nenhum dos disparos provocou vítimas. Com represália, a aviação israelita efectuou 15 disparos contra a Faixa de Gaza, provocando 11 feridos.

“A acalmia da situação depende do Hamas, que já está a pagar um preço alto na Cisjordânia por ter raptado e matado três adolescentes israelitas e também está sujeito a uma forte pressão em Gaza”, analisou o tenente-coronel Lerner.

Paralelamente, o exército israelita continua as buscas na Cisjordânia para encontrar os autores – activistas do Hamas, segundo Israel – da morte dos três jovens judeus, cujos corpos foram encontrados na segunda-feira. Durante a noite de quarta para quinta-feira foram detidos 13 palestinianos suspeitos, segundo o exército israelita. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, mais de 640 pessoas, incluindo 11 deputados, foram presas na Cisjordânia desde o início da operação de busca dos jovens raptados no dia 12 de Junho.

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