Israel retoma "assassínios selectivos" na Faixa de Gaza

Benjamin Netanyahu disse que se os ataques desde Gaza continuarem a resposta será "mais dura".

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O homem viajava de moto no noroeste da cidade de Gaza MOHAMMED ABED/AFP

A Força Aérea israelita cometeu um "ataque selectivo" ou "assassínio selectivo", conforme quem fala, na Faixa de Gaza. Um porta-voz militar israelita disse esta quarta-feira aos jornalistas que o ataque ocorreu há dez dias e o alvo foi um suspeito de ser "terrorista de alto nível".

O homem viajava de moto no noroeste da cidade de Gaza, e morreu imediatamente. Levava um passageiro que ficou ferido.

A mesma fonte, citada pela AFP, disse que o homem morto, um salafita, foi o coordenador do ataque em Eilat, o centro turístico de Israel no Mar Morto, no dia 17 de Abril. Um grupo denominado Conselho da Shura e dos Mujahedines reivindicou o ataque que disse ser uma retaliação pela morte, devido a cancro, do preso palestiniano Maysan Abu Hamdiyeh numa prisão israelita onde lhe terá sido negado tratamento.

Com este "ataque selectivo" Israel rompe o comprimisso que assumira em Novembro do ano passado, quando assinou com o Hamas um cessar-fogo depois de uma ofensiva de oito dias na Faixa de Gaza. Israel argumentou que respondia a ataques provenientes do campo palestiniano e o conflito do ano passado foi encerrado depois das forças israelitas terem morto Ahmed Yabari, chefe do braço armado do Hamas.

As duas partes comprometeram-se a não realizar mais atentados selectivos. Na segunda-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que o seu país agirá sempre que for atacado. "Não permitiremos que os cidadãos sejam prejudicados. Se os ataques desde Gaza continuarem, a nossa resposta será muito mais dura".

A tensão volta, pois, a subir na região, até devido a outros episódios de violência. Um colono israelita de 32 anos morreu apunhalado por um palestiniano em Tapuach, na Cisjordânia. E em Jerusalém um palestiniano foi apunhalado por um judeu ortodoxo no bairro de Mea Sherarim.
 
 
 

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