Índia em contagem decrescente para lançar missão a Marte

Sonda parte terça-feira, numa missão de baixo-custo que pode fazer da Índia o primeiro país asiático a chegar ao planeta vermelho.

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Engenheiros indianos criaram solução de baixo custo para fazer chegar a sonda a Marte AFP PHOTO/FILES/Manjunath KIRAN

A Índia lançou neste domingo a contagem decrescente para a sua primeira missão espacial em Marte, com partida marcada para esta terça-feira. Depois do fracasso da China em 2011, a Índia pode tornar-se o primeiro país asiático a chegar ao planeta vermelho, a mais de 200 milhões de quilómetros da Terra.

Um satélite de 1,3 toneladas vai ser lançado por um foguetão de 350 toneladas, a partir da base de Sriharikota, no golfo de Bengala, a cerca de 80 quilómetros a nordeste de Chennai, no Sul da Índia. A partida estava marcada para 28 de Outubro, mas as condições meteorológicas obrigaram a adiá-la para 5 de Novembro, às 14h38 (9h08 em Lisboa).

A sonda está equipada com sensores que irão medir a presença de metano na atmosfera de Marte, tentando perceber se é credível a hipótese de ter havido uma forma de vida primitiva neste planeta. A missão Mars Orbiter deve durar nove meses e custará 4,5 milhões de rupias (55 milhões de euros) – valor considerado baixo para uma operação espacial deste género.

Os equipamentos foram projectados de acordo com o Jugaad, um princípio indiano relacionado com a inovação de baixo custo – o mesmo que permitiu à Índia produzir o carro mais barato do mundo, o Nano, do grupo Tata.

O foguetão que vai lançar a sonda, sendo pouco potente, terá de orbitar a Terra durante um mês, de modo a ganhar velocidade para escapar da gravidade terrestre.

A missão Mars Orbiter é vista como uma etapa importante do programa espacial indiano, que já levou uma sonda à Lua e está a preparar a sua primeira missão tripulada ao satélite da Terra em 2016.

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