Humanidade contra a violência política

Uma mulher sarauí tem estado em greve de fome para exigir o corpo do filho, Mohamed Haidala, assassinado no Sara Ocidental aos 21 anos. Não o fez em Marrocos, mas em Las Palmas, nas Canárias, diante do consulado marroquino. No Sara, as autoridades exigiram-lhe que assinasse o certificado de óbito, mas ela recusou. Quer saber de que morreu o filho, não quer apenas o seu corpo, quer respostas. E o regime marroquino não quer dar-lhas, tal como não as tem dado em muitos outros casos de mortes suspeitas. Haidala terá sido espancado e esfaqueado por colonos marroquinos. E a polícia, em lugar de procurar os agressores, deteve-o e recusou-lhe tratamento médico. Idêntica recusa teve nos hospitais aonde se dirigiu, quando o libertaram. Morreu dos ferimentos. A simples entrega de um cadáver esconderá estas atitudes criminosas. Por isso Takbar Haddi entrou em greve de fome, agora ampliada por outras mulheres que a apoiam.

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