Justin Ross Harris, um americano de 36 anos, foi condenado a prisão perpétua pela morte do filho de 22 meses em Junho de 2014.

A criança foi deixada no carro de Harris no parque de estacionamento do seu escritório em Atlanta, acabando por morrer por hipertermia devido ao sobreaquecimento do corpo quando as temperaturas registavam 32ºC na cidade americana.

O pai afirmou que se esqueceu de deixar o filho no infantário e que tudo não passou de um acidente. No entanto, durante o julgamento de cinco semanas, foi confirmado que Harris enviou mensagens a várias mulheres, entre elas uma rapariga menor, enquanto o filho perdia a vida, dá conta a CNN.

Por isso, a juíza responsável pelo caso concluiu que este se tratou de um “crime horrendo” e que Harris se mostrou “insensível” ao “afastar-se e ao deixar aquela criança num carro quente para sufocar e morrer”, acrescentando 20 anos de prisão à condenação perpétua.

Desta maneira, a condenação incidiu sobre crimes como homicídio malicioso, crueldade infantil e crimes sexuais devido às mensagens de texto enviadas a uma rapariga menor.

Os procuradores da acusação argumentaram, durante o julgamento, que Harris planeou a morte do filho por querer deixar a família, de forma a dar seguimento aos casos que mantinha com outras mulheres.

A defesa afirmou, por outro lado, que, apesar da culpa na morte do rapaz, Harris amava o filho e que o incidente foi resultado de um esquecimento trágico.

Uma das testemunhas foi o detective da polícia, Phil Stoddard, que confirmou que, enquanto o filho morria no carro, Harris trocava mensagens com imagens explícitas com várias mulheres, entre elas uma menor.

No tribunal surgiram também relatos de que o acusado pesquisou na Internet qual o tempo e a temperatura necessária para uma pessoa morrer num carro.