Hackers roubam 45 milhões de dólares em 27 países

Grupo acedeu à base de dados de dois bancos e retirou dinheiro em caixas multibanco de todo o mundo.

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Imagens divulgadas pela polícia com conteúdo do telefone de um dos suspeitos Reuters

Já é considerado o maior roubo de sempre em caixas multibanco. Um grupo de hackers conseguiu aceder à base de dados de dois bancos do Médio Oriente e depois retirou dinheiro em caixas multibanco de todo o mundo, com recurso a cartões falsos. Ao todo, segundo as autoridades norte-americanas, conseguiram roubar 45 milhões de dólares (34 milhões de euros) em 27 países.

A polícia norte-americana já deteve sete homens originários da República Dominicana, a maioria na casa dos 20 anos. Um oitavo suspeito foi assassinado em Abril na República Dominicana, desconhecendo-se se a morte está relacionada com este crime. Os sete detidos foram acusados de conspiração e lavagem de dinheiro, enfrentando penas de prisão de dez anos.

Segundo o Washington Post, o grupo obteve dados dos cartões de débito, eliminou os limites de levantamento das contas, criou códigos de acessos e depois uma rede de operacionais usou cartões falsos para levantar dinheiro em várias caixas multibanco.

Houve dois ataques separados. Um em Dezembro do ano passado e outro em Fevereiro deste ano. No segundo, foram feitas mais de 36 mil transacções, permitindo “sacar” 40 milhões de dólares, diz o Washington Post. O El País acrescenta que ao todo foram feitas 40.500 operações de levantamento em 27 países. A investigação teve a cooperação das autoridades de vários países incluindo Japão, Canadá, Alemanha e Roménia.

Há mesmo quem qualifique este roubo como uma versão moderna do famoso assalto ao cofre de Lufthansa, de onde em 1979 foram retirados mais de cinco milhões de dólares – um caso que inspirou o filme Goodfellas, com Robert De Niro como protagonista. “Em vez de pistolas e máscaras, esta organização utilizou computadores e programas de malware [ameaça ou vírus informáticos]”, disse a procuradora nova-iorquina Loretta Lynch, citada pelo El País.

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