Grécia paga 200 milhões de euros em juros ao FMI

Apesar dos contínuos adiamentos sobre um acordo final entre os gregos e os seus parceiros europeus, Atenas continua a fazer face às suas obrigações.

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Bruxelas quer mais garantias do Governo de Tsipras Alkis Konstantinidis/Reuters

Como previsto, a Grécia vai pagar nesta quarta-feira 200 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional, um dia depois de ter sido novamente adiado um prazo nas negociações entre o país e os parceiros europeus.

A reunião do Eurogrupo da próxima segunda-feira deixou de ser vista como aquela em que os Estados-membros da União Europeia anunciarão por fim um acordo para o pagamento da última tranche do empréstimo internacional à Grécia. A Comissão Europeia ainda critica "a falta de clareza nas políticas do Governo [grego] face aos compromissos assumidos pelo país nos acordos com a UE e o FMI", dizendo que esta "aumenta ainda mais a incerteza".

Mas, tal como garantira o Governo do Syriza, as dívidas continuam a ser pagas. “A prestação vai ser paga”, confirmou ao canal de televisão Mega nesta quarta-feira de manhã o ministro adjunto das Finanças, Dimitris Mardas, antes de o pagamento ser dado como concluído. A transferência só será efectiva quando forem 16h na Grécia (14h em Lisboa), hora a que abrem os bancos em Nova Iorque.

Seguem-se 750 milhões de euros, que Atenas tem de pagar ao FMI até terça-feira da próxima semana, 12 de Maio. Os peritos nestas transacções, escrevem as agências de notícias, garantem que também esta prestação será reembolsada dentro dos prazos.

O mesmo vai acontecer com duas emissões de obrigações do Tesouro de 1400 milhões de euros cada, que vencem a 8 e a 15 de Maio.  

A Grécia prevê uma emissão de obrigações a seis meses num montante máximo de 1400 milhões de euros já na quarta-feira. Durantes as últimas emissões, as taxas de juro e os níveis de procura estabilizaram-se, depois de terem sofrido de alguma incerteza por parte do mercado depois da chegada ao poder do Syriza de Alexis Tsipras, em Janeiro.

O Governo de esquerda adoptou entretanto uma lei que obriga os organismos públicos e as autoridades locais a transferirem as suas reservas para o Banco da Grécia para assim assegurar a liquidez de que precisa para enfrentar estes prazos.

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