General iraniano morto em Alepo pelo Estado Islâmico

Anúncio foi feito oficialmente pelos Guardas da Revolução. Era "um dos conselheiros militares mais influentes na guerra da Síria".

Foto
O general Hossein Hamadani era vice-comandante da Al-Qods BEHROUZ MEHRI/AFP

Um alto comandante dos Guardas da Revolução iranianos foi morto na Síria na quinta-feira, “numa missão de aconselhamento na região de Alepo”, segundo um comunicado desta organização de elite da República Islâmica, divulgado esta sexta-feira.

“O general Hossein Hamadani foi morto pelos terroristas do Daash” – o acrónimo em árabe da organização jihadista Estado Islâmico –, diz o comunicado iraniano, que não precisa melhor as circunstâncias da sua morte, diz a AFP. Diz apenas que “o general Hamadani teve um papel importante no reforço da frente de resistência islâmica na guerra contra os terroristas”.

O Irão tem sido o maior aliado regional do Presidente sírio, Bashar al-Assad, durante os mais de quatro anos da guerra civil que destruíram o país, fornecendo-lhe apoio económico e militar. No entanto, Teerão sempre negou ter militares na Síria – o que reconhece é ter oferecido “conselheiros” às forças de Assad no seu combate contra “grupos terroristas”.

Na televisão estatal, o general Ramezan Sharif, porta-voz dos Guardas da Revolução, disse que o general Hamadani foi, durante os últimos quatro anos, um dos conselheiros militares mais influentes na guerra da Síria, na qual desempenhou “um papel determinante”, relata a AFP.

Hamadani era um veterano da guerra Irão-Iraque, que durou entre 1980 e 1988, e tinha-se tornado em 2005 vice-comandante da Al-Qods, a força de elite que faz operações no estrangeiro.

Sugerir correcção
Ler 10 comentários