Mãe do atirador de Newtown no centro das atenções

A mãe, Nancy Lanza, foi a primeira vítima do atirador. Pertenceria a um movimento de sobrevivência.

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Fotografia antiga de Nancy Lanza, a mãe do atirador e a sua primeira vítima DR

À medida que surgem mais informações sobre a família de Adam Lanza, 20 anos, autor do massacre na escola de Sandy Hook, o foco mediático recaía sobre a mãe, Nancy.

As armas que Adam usou no massacre eram dela, aparentemente terá sido ela que o ensinou a disparar. Para que queria ela tantas armas? Para protecção. E aparentemente, porque pertencia a um movimento de sobrevivência, os preppers, que querem estar preparados para uma situação de caos social devido a um colapso económico.

“Ela queria armas para protecção. Preparou-se para o pior”, disse a sua antiga nora, Marsha Lanza, ao jornal Chicago Sun-Times. “A última vez que a visitámos, falámos sobre “prepping” – estão prontos para o que pode acontecer mais para a frente, quando a economia desabar?”<_o3a_p>

No "Prepper Website” (o subtítulo é: “preparação-sobrevivência-notícias alternativas”) fala-se de como treinar tiro ao alvo em ambientes menos estáticos (“Foi assim que aprendi a disparar, foi assim que ensinei ao meu filho”, diz o autor, incentivando no entanto ao treino em ambientes mais desafiadores) ou como conseguir aspirina através do salgueiro.<_o3a_p>

Nancy Lanza, 52 anos, tinha sido professora e trabalhara em finança, mas depois do divórcio não precisaria mais de um emprego, segundo os relatos da imprensa americana. Era conhecida pela sua generosidade na pizzaria/bar local, mas também pela relutância em convidar pessoas para a sua casa. <_o3a_p>

Apesar de em circuitos sociais manter a vida familiar privada, uma semana antes dos ataques, Nancy Lanza terá confessado a uma amiga que estava com problemas com o filho. “Disse que ele estava pior”, contou uma amiga que não quis ser identificada. “Que estava com medo de o perder.”<_o3a_p>

A discussão sobre Nancy Lanza girou também em torno do que é ser mãe de uma pessoa com doença mental, depois de ter sido sugerido que o atirador de Sandy Hook poderia ter algum tipo de patologia.

Num artigo chamado “Eu sou a mãe de Adam Lanza”, a autora, Liza Long, descreve como o filho de 13 anos a desafia, como já a ameaçou com facas, como os outros dois filhos sabem que numa situação como essa devem fugir e trancar-se no carro.

Liza Long tenta mostrar, no artigo, como o sistema não dá resposta para casos destes: a assistente social aconselhou-a a apresentar queixa do próprio filho em tribunal, mas a mãe sabe que ele ainda pioraria num ambiente desses. “Precisamos de uma conversa a nível nacional sobre saúde mental”, conclui Long.<_o3a_p>

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