Filipe Nyusi é o novo Presidente de Moçambique e a Frelimo ganhou as eleições

Renamo e Dhlakama aumentam em muito o seu resultado em relação a 2009, segundo os resultados divulgados no último dia do prazo.

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Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique DR

Filipe Nyusi ganhou as eleições presidenciais em Moçambique, com 57,03% dos votos, e o seu partido, a Frelimo, conquistou novamente a maioria absoluta no Parlamento, com 55,97%, segundo os resultados oficiais preliminares divulgados nesta quinta-feira pela Comissão Nacional de Eleições – no último dia do prazo. A Renamo, no entanto, considera estes resultados fraudulentos e garantiu que vai impugnar a votação de 5 de Outubro.

Afonso Dhlakama, o líder da Renamo, obteve 37% – bastante mais do que em 2009, quando se ficou pelos 16%. A sua posição como líder da oposição fica reforçada para negociar com o Governo da Frelimo, que acusa de monopolizar o poder e as riquezas naturais moçambicanas. No entanto, garantiu que não voltará à luta armada – a contestação aos resultados eleitorais será feita por via administrativa e legal.

No novo Parlamento, deverá ficar com 89 assentos, a Frelimo com 144 (menos 47 do que tinha). O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) passou de oito para 17 deputados e o seu líder, Daviz Simango, obteve 6,36% nas presidenciais, noticia a agência de notícias moçambicana AIM.

O atraso no apuramento dos resultados das eleições gerais de 15 de Outubro, levou a missão de observação eleitoral da União Europeia (UE) a manifestar a sua preocupação na semana passada. A falta de explicações “deteriora o que tinha sido um início ordeiro da jornada eleitoral”, disseram os observadores europeus, juntando-se à embaixada dos Estados Unidos em Maputo, que lamentou os “actos de violência” pontuais do processo eleitoral, manifestando apreensão por “algumas irregularidades” na votação.

As queixas apresentadas pelos partidos políticos sobre fraudes eleitorais foram indeferidas por vários tribunais moçambicanos por “insuficiência de provas”, anunciou o porta-voz do Tribunal Supremo, Pedro Nhatitima. “Não basta alegar, é preciso provar. A maior parte dos recursos foi indeferida por falta de provas para atestar essas alegações”, explicou, citado pela agência AIM.

 
 

  



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