Exército sírio retoma controlo de cidade estratégica de Qusair

Cidade na fronteira com o Líbano tinha estado nas mãos dos rebeldes mais de um ano.

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Qusair ficou completamente destruída depois de duros combates entre os rebeldes e as forças leais a Assad DR

O Exército sírio assumiu o controlo da estratégica cidade fronteiriça de Qusair, segundo os media e fontes de segurança. É um importante avanço para as forças do Presidente, Bashar al-Assad, na guerra civil que dura há dois anos.

Segundo o diário britânico The Guardian, os rebeldes dizem ter saído da cidade perto do Líbano, escapando para o país vizinho. Precisa neste capítulo terá sido a ajuda dada pela milícia xiita libanesa Hezbollah, que terá protagonizado o ataque surpresa que permitiu a tomada de cidade.

O envolvimento do Hezbollah na luta por Qusair tinha sido sublinhado com a morte de vários combatentes, depois enterrados em grandes funerais no Líbano, na semana passada. E em sinal contrário, o chefe militar de um dos principais grupos de rebeldes sírios, Selim Idriss, líder do Exército Livre, disse que os seus homens estão prontos a lutar contra o Hezbollah dentro do Líbano. O Líbano tem vivido esporádicos conflitos ligados à guerra na Síria, mas teme-se que o aprofundamento desta leve a um contágio no vizinho mais pequeno.

"Quem controla Qusair controla o país"
Há mais de duas semanas que os rebeldes e as forças de Assad lutavam pelo controlo da cidade, que estava nas mãos dos rebeldes há mais de um ano.

Qusair está numa rota de passagem de material do Líbano e a sua tomada pelo regime faz parte de uma tentativa de restabelecer controlo sobre um corredor através da província central de Homs, que liga Damasco a locais na costa da minoria alauita, que domina o regime. “Quem controlar Qusair controla o centro do país, e quem controlar o centro do país controla toda a Síria”, comentou o general Yahya Suleiman, na televisão com sede em Beirute Mayadeen. 

O exército leal a Assad tem feito uma série de avanços em território antes controlado pelos rebeldes no conflito que deixou já mais de 80 mil mortos e arrasou a maioria das cidades do país. 

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