EUA tentam acalmar Israel e exigem "provas" das intenções pacíficas do Irão

"Nada do que faremos será baseado na confiança", disse o secretário de Estado norte-americano, John Kerry. O pirmeiro-ministro de Israel chamou ao Presidente iraniano "um lobo com pele de cordeiro".

Foto
John Kerry diz que as conversações não serão baseadas apenas na confiança ISSEI KATO/AFP

O responsável pela política externa dos EUA, John Kerry, reforçou nesta quinta-feira que Washington espera "avanços" nas relações com o Irão, mas garantiu que nada será feito sem provas de que o programa nuclear iraniano tem apenas fins pacíficos, em resposta aos receios de Israel.

"Um país que quer ter um programa pacífico não tem dificuldades para demonstrar que esse programa é mesmo pacífico", declarou o secretário de Estado norte-americano à saída de uma reunião com os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros do Japão, Itsunori Onodera e Fumio Kishida, em Tóquio, e em que também esteve presente o secretário da Defesa dos EUA, Chuck Hagel.

"Nada do que faremos será baseado na confiança. Será baseado em passos concretos", disse John Kerry, em resposta a uma pergunta sobre as críticas que o primeiro-ministro de Israel proferiu no seu discurso perante a Assembleia Geral da ONU.

Benjamin Netanyahu chamou ao Presidente do Irão, Hassan Rohani, um "lobo com pele de cordeiro" – "um lobo que acredita poder usar a lã para tapar os olhos da comunidade internacional".

Apesar de reafirmar que as relações entre EUA e Irão só poderão avançar com provas de que o programa nuclear iraniano é pacífico, John Kerry disse também que "seria um grave erro diplomático" não experimentar uma via pacífica antes de equacionar uma solução militar.

Sugerir correcção
Comentar