EUA ponderam retirada total do Afeganistão até final de 2014

Terminada a missão de combate daqui a dois anos, a proposta que tem estado em cima da mesa é a da manutenção de alguns milhares de soldados no terreno após essa data.

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Soldados americanos numa patrulha conjunta com tropas afegãs Erik De Castro/REUTERS

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está a avaliar a possibilidade de retirar todas as tropas do Afeganistão assim que estiver terminada a transferência da segurança para as autoridades afegãs em 2014.

É a primeira vez que a Casa Branca evoca a possibilidade de uma evacuação total, quando, até agora, o Pentágono sempre defendeu que os EUA deveriam manter entre 6.000 a 15.000 soldados no terreno depois de 2014. E acontece poucos dias antes de um encontro entre Obama e o Presidente afegão Hamid Karzai, marcado para sexta-feira, na Casa Branca.

O conselheiro adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, garantiu que os EUA “não têm um objectivo inerente de manter um número X de tropas no Afeganistão”.

Numa conferência telefónica com vários jornalistas, Rhodes explicou: “O nosso objectivo é assegurar que não há refúgio para a Al-Qaeda no Afeganistão e garantir que o Governo afegão tem uma força de segurança suficiente para assegurar a sua estabilidade”.

Interrogado sobre se a possibilidade de manter “zero” tropas para lá de 2014 seria uma possibilidade, Rhodes respondeu que “é uma opção a considerar”.

Os Estados Unidos têm actualmente 66.000 militares no Afeganistão (chegaram a ter 100.000 em Maio de 2011). No passado mês de Setembro, regressaram a casa 33.000 tropas e o Pentágono está a avaliar como é que vai proceder à retirada gradual dos restantes militares nos próximos meses.

O chefe da missão da NATO no Afeganistão, o general norte-americano John Allen, propôs manter entre 6.000 e 15.000 militares no país depois de ser formalmente terminada a missão de combate em 2014. Obama, que escolheu para novo secretário de Defesa Chuck Hagel, um republicano que foi um dos primeiros a criticar a guerra contra o Iraque, poderá ter outros planos.

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