Erdogan exige fim “imediato” dos protestos na Turquia

Primeiro-ministro regressou ao país e apelou ao bom senso dos seus apoiantes, que queriam esmagar os opositores.

Foto
Erdogan à chegada a Istambul Reuters

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, regressou ao país nas primeiras horas desta sexta-feira e exigiu o fim imediato das manifestações que pedem a sua demissão.

“Estes protestos que estão no limite da ilegalidade devem acabar já”, disse Erdogan, citado pela BBC, no aeroporto de Istambul. O primeiro-ministro turco foi ainda mais longe, segundo a AFP, e afirmou que os protestos “perderam o seu carácter democrático” e cederam “ao vandalismo”.

Recebido por milhares de apoiantes no aeroporto – que gritavam “Estamos prontos para morrer por ti, Tayyip" ou "Vamos lá esmagá-los todos” –, Erdogan apelou à calma e ao bom senso. “Vão para casa pacificamente”, pediu o chefe de Governo.

A recepção a Erdogan, que esteve de visita a países do Magrebe, é a primeira manifestação de apoio ao primeiro-ministro, desde o início dos protestos há uma semana.

Enquanto o primeiro-ministro regressava a casa, prosseguiam as manifestações, especialmente na Praça Taksim, em Istambul, local que esteve na origem do protesto – ali ao lado o Parque Gezi dará lugar a um centro comercial numa recriação de uma caserna militar otomana.

Antes de regressar a Istambul, Erdogan já tinha dito em Tunes que não recuará nos seus planos de construir a caserna e que as manifestações são feitas por uma minoria, em que estão terroristas.
 
 

Sugerir correcção
Comentar