Epidemia de novo coronavírus continua a aumentar na Arábia Saudita

O novo ministro da Saúde prometeu "total transparência" em relação ao número de doentes e de mortos.

Foto
Um polícia num chekpoint entre as cidades de Jeddah e Meca Caren Firou/Reuters

As autoridades da Arábia Saudita anunciaram nesta quarta-feira que há, no país, 11 novos casos de contaminação por coronavírus da família da SARS (Síndrome Respiratória Aguda). O novo ministro da Saúde, Adel Faqih, anunciou ao tomar posse, há três dias, que passaria a haver “total transparência” nos dados sobre a doença.

Com estes novos casos, eleva-se para 272 o número de pessoas contaminadas, tendo 81 delas morrido. 
O reino saudita é o primeiro país com um surto desde que a doença foi identificada em 2012. A maior parte dos novos doentes são de Riad, a capital, e da cidade de Jeddah. Um caso também foi registado em Meca, a cidade santa visitada anualmente por milhões de fiéis muçulmanos de todo o mundo.

O anterior ministro da Saúde, Abdalla al-Rabiah, foi demitido na segunda-feira devido à multiplicação dos casos. Foi substituido por Faqih, que era ministro do Interior, que visitou os hospitais de Jeddah e ali prometeu total transparência quanto ao número de casos e de vítimas. Num hospital desta cidade pelo menos quatro médicos foram demitidos por se terem recusado a tratar pessoas infectadas.

O coronavírus MERS (Síndrome Respiratória do Médio Oriente) é considerado um parente mais mortífero do que a SARS — provoca uma deficiência renal rápida, na sua origem poderão estar dromedários  —, mas menos contagioso do que a síndrome respiratória aguda severa, que em 2003 matou 800 pessoas em todo o mundo mas sobretudo na China. Segundo a última estatística da Organização Mundial de Sáude, datada de 20 de Abril, há 250 infecções confirmadas de MERS e 95 mortes.

Sugerir correcção
Comentar