Encontrados novos destroços suspeitos na busca por voo desaparecido MH370

Ilha da Reunião torna-se palco de "caça ao tesouro", diz investigador.

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Jacky Naegelen/Reuters

Responsáveis são cautelosos e falam apenas de destroços sem provas de que tratem de pedaços de um avião. Mas depois de na semana passada se ter encontrado um destroço de um Boeing 777 na ilha da Reunião, no Oceano Índico, que se pensa poder ser do desaparecido voo MH370, suspeita-se agora que alguns pedaços metálicos recolhidos pela polícia na costa poderão ser do voo desaparecido há 18 meses.

O voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu a 8 de Março de 2014 cerca de uma hora depois de ter levantado de Kuala Lumpur com destino a Pequim. As operações de busca não tiveram quaisquer resultados até à semana passada, quando foi encontrado um pedaço de asa de um Boeing 777 na ilha francesa no Índico – o fabricante, a Boeing, irá analisar e confirmar esta semana se era realmente do avião desaparecido. Foi também descoberto um “fragmento de bagagem” sobre o qual não há mais informação. O pedaço de asa será analisado num laboratório em Toulouse, o de bagagem numa unidade da polícia especializada em testes de DNA nos arredores de Paris.

Quando aos pedaços encontrados este domingo, trata-se de uma folha de metal de cerca de 70 centímetros, que poderá (ou não) pertencer a uma porta, e alguns outros pedaços metálicos, um deles com uma espécie de pega, retirados da praia pela polícia e fotografados por um repórter da AFP.

Uma fonte ligada à investigação confirmou a descoberta de vários pedaços de metal mas sublinhou que nada indicava pertencerem a um avião. “Há um espírito de ‘caça ao tesouro’ e telefonam-nos por qualquer coisa”, desabafou a fonte, próxima do inquérito, à AFP.

Peritos franceses avisaram que mesmo que os destroços sejam do avião desaparecido, isso poderá não ajudar a descobrir mais sobre o local da queda. Peritos em oceanografia defendem o contrário.

Os investigadores acham que alguém desligou o transponder, sistema que identifica os aviões e fornece dados do voo às torres de controlo, antes de o desviar da rota, tornando assim impossível determinar a zona onde terá caído e levando a um mistério difícil de explicar.

Uma busca liderada pela Austrália vinha a focar-se numa zona vasta do oceano índico a cerca de 4 mil quilómetros da ilha da Reunião. 

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