Ehud Olmert escapa à prisão com pena suspensa em caso de corrupção

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Olmert arriscava uma pena de três anos de prisão AFP/Abir Sultan

O ex-primeiro-ministro israelita Ehud Olmert foi nesta segunda-feira condenado a um ano de prisão suspensa e a uma multa de 75.300 shekels (15.000 euros) no caso de corrupção em que estava a ser julgado, por decisões tomadas enquanto ministro da Indústria, do Comércio e do Trabalho, cargo que desempenhou entre 2003 e 2006.

“Deixo o tribunal de cabeça levantada”, disse o Olmert aos jornalistas em Jerusalém, no final da leitura da sentença, que é, apesar de tudo, uma vitória para o centrista, já que não o impede de um regresso à vida política. Ele diz que isso não faz parte dos seus planos.

O partido que liderava, o Kadima, está agora na oposição ao Likud do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Daqui a um ano haverá eleições, mas Olmert diz que um regresso não está para já nos seus planos.

Numa sondagem feita em Julho, depois do ex-primeiro-ministro israelita ser considerado culpado, 70% dos israelitas estavam contra o seu regresso.

Depois de ser acusado, o centrista recusou os benefícios a que tinha direito enquanto ex-primeiro-ministro e isso ajudou a atenuar a pena, que poderia ter ido até aos três anos de prisão, explicou o tribunal de Jerusalém. Olmert admite a sua culpa em “irregularidades processuais” apenas, recusa-se a falar em corrupção.

Demitiu-se em 2008, por causa do seu envolvimento em escândalos de corrupção. Por fechar está ainda um outro caso em que é acusado de suborno, que reporta aos anos em que foi presidente da câmara de Jerusalém (de 1993 a 2003).

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