Edward Snowden pede asilo político à Rússia

Pedido foi entregue por uma conselheira do fundador da WikiLeaks, Julian Assange.

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Snowden está em Moscovo desde o dia 23 de Junho Reuters

Edward Snowden, um dos homem mais procurado pelas autoridades norte-americanas por ter divulgado os segredos dos programas de espionagem da Agência de Segurança Nacional, pediu asilo político à Rússia.

O pedido foi feito pela britânica Sarah Harrison, uma das conselheiras mais próximas do fundador da WikiLeaks, Julian Assange, e que está retida com Snowden no aeroporto de Cheremtievo, em Moscovo.

"A cidadã do Reino Unido Sarah Harrison entregou um pedido de Edward Snowden para receber asilo político", disse Kim Chevchenko, funcionário do posto consular russo no aeroporto, citado pelo jornal britânico The Guardian.

Nem Snowden nem Harrison foram vistos desde que chegaram ao aeroporto russo, no dia 23 de Junho. Questionado sobre o paradeiro de ambos, Kim Chevchenko nada adiantou: "Ela não disse e eu não perguntei."

A BBC e o The Guardian avançam que a Rússia é um dos 15 países que fazem parte de uma lista entregue por Edward Snowden às autoridades de Moscovo, cuja existência foi divulgada pelo Los Angeles Times.

"Foi uma medida desesperada da parte dele, depois de o Equador ter rejeitado os seus argumentos para protecção política", disse um responsável do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, citado pelo Los Angeles Times sob  anonimato.  

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira que Snowden poderá permanecer na Rússia, com a condição de parar de divulgar informações secretas. "Se ele quiser permanecer aqui, há uma condição – deve deixar de infligir danos aos nossos parceiros norte-americanos, por mais estranho que esta declaração possa parecer vinda de mim", declarou Putin.

Também nesta segunda-feira, numa conferência de imprensa na Tanzânia, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou que o país está em contacto com "os canais comuns para fazer cumprir a extradição de Edward Snowden" em todos os países por onde o norte-americano de 30 anos passou, "incluindo a Rússia".
 
 
 

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