Al-Shabab mata um polícia e fere outros quatro no Quénia

Agente foi abatido num tiroteio perto de Garissa. Al-Shabab tinha anunciado a morte de mais de vinte polícias, mas as autoridades quenianas desmentiram a informação.

Um polícia queniano foi morto e quatro carros ficaram queimados, segunda-feira à noite, em confrontos com militantes do grupo islamista Al-Shabab, perto de Garissa.

De acordo com jornais locais, depois de um primeiro carro ter sido atingido por uma mina terrestre, os agentes que o foram socorrer sofreram, no mesmo local, uma emboscada.
 
Um tiroteio entre a polícia e a Shabab provocou a “morte de um agente” e o “ferimento de outros quatro”, informou o inspector-geral Joseph Boinnet, em comunicado. “Um contingente de agentes reforçou” o local da emboscada, “levando os atacantes a iniciar um violento tiroteio”, referiu o inspector.
 
Esta informação veio contradizer notícias avançadas esta terça-feira pela imprensa local e pelo próprio grupo extremista islâmico, que tinha reivindicado a morte de 25 agentes.
 
“Ficámos com todas as armas deles. Alguns agentes das forças quenianas escaparam durante os confrontos”, disse o porta-voz das milícias Al-Shabab, Sheik Abdiasis Abu Musab.
 
O tiroteio teve lugar "na zona mais isolada de Garissa, não muito longe da fronteira com a Somália", tinha afirmado uma fonte da polícia, citada pela agência Reuters, pouco tempo após a emboscada, justificando as "dificuldades em obter informações exactas". "Mas sabemos que muitos polícias foram mortos", acrescentou. A polícia local também tinha informado a agência AFP do desaparecimento de 13 agentes, entretanto localizados.
 
O ataque ocorreu na cidade de Yumbis, a 70 quilómetros a Norte de Garissa – o local que em Abril foi palco do massacre em que morreram 148 pessoas às mãos da Al-Shabab, o maior do grupo somali em solo queniano.
 
Na semana passada, o grupo atacou Yumbis e hasteou a sua bandeira na mesquita principal, mas a polícia acabou por retomar o controlo da cidade.
 
A Al-Shabab, um grupo jihadista associado à Al-Qaeda, têm estado por trás de alguns dos mais mortíferos ataques no Quénia, sobretudo no Nordeste do país, onde a maioria da população é de etnia somali. A principal reivindicação é a retirada da presença militar queniana da Somália, onde uma força da União Africana está há vários anos para tentar neutralizar os avanços jihadistas. Actualmente, a Al-Shabab também exigem a saída de todos os não-muçulmanos da região.
 

Sugerir correcção
Ler 16 comentários