Director do IRS americano demitido devido às contas do Tea Party

Foi exigido que as organizações políticas conservadoras apresentassem mais justificações do que outras para se candidatarem a isenções fiscais.

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Obama anunciou a demissão na Casa Branca Olivier Doulier/MCT

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na terça-feira à noite a demissão do director do departamento de impostos, Steve Miller, devido à discriminação fiscal contra os grupos republicanos conservadores conhecidos por Tea Party.

O escândalo obrigou Obama a falar em público para defender a sua Administração das críticas crescentes sobre esta matéria e ainda sobre a acusação de espionagem à agência noticiosa Associated Press.

Os cidadãos, disse o Presidente, têm todo o direito de estar "aborrecidos" com o tratamento discriminatório a que o Internal Revenue Service (IRS) submeteu os grupos políticos conservadores. "Não tolerarei este tipo de comportamento nas agências governamentais, muito menos no IRS".

Haverá uma investigação, que será dirigida pelo FBI, a polícia de investigação federal, para determinar se houve delito criminal. O IRS alterou o índice de escrutínio a que se submetem as organizações de orientação política e aos grupos conservadores reunidos debaixo das designações Tea Party e Patriota exigiu mais documentação e justificações para poderem beneficiar da isenção de impostos a que têm direito por lei.

O Presidente disse que foram adoptadas três medidas imediatas para responder ao escândalo: a demissão de Miller, porque "o mais importante é recuperar a confiança na agência"; a implementação das recomendações do Inspector Geral para que nã se repitam casos semelhantes, cabendo ao secretário do Tesouro aplicá-las; a colaboração do governo na investigação ao que se passou, pois "trata-se de um problema que interessa a todos solucionar".


 
 

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