Dezenas de feridos e pelo menos quatro mortos nos protestos na Venezuela

ONG denuncia que foram feitas pelo menos 80 detenções. Apelo à greve geral para esta sexta-feira.

Fotogaleria
Imagens dos protestos e dos confrontos na Venezuela AFP/STR
Fotogaleria
AFP/STR
Fotogaleria
AFP/STR
Fotogaleria
Reuters/CARLOS EDUARDO RAMIREZ
Fotogaleria
Reuters/CARLOS EDUARDO RAMIREZ
Fotogaleria
AFP/GEORGE CASTELLANOS
Fotogaleria
AFP/GEORGE CASTELLANOS
Fotogaleria
Reuters/CARLOS EDUARDO RAMIREZ
Fotogaleria
Reuters/CARLOS GARCIA RAWLING

Os protestos desta quarta-feira na Venezuela provocaram pelo menos quatro mortos, vários feridos e largas dezenas de detenções. Até agora, o Governo venezuelano confirmou apenas a morte de um polícia, acrescentando que outros dois agentes ficaram feridos, cita a Reuters. No entanto, Alfredo Romero, director da organização não-governamental Foro Penal diz que dos protestos resultaram pelo menos mais três vítimas mortais quatro mortos e duas dezenas de feridos, partilha a agência AFP.

A organização adiantou também ter conhecimento de detenções, mas os números não são precisos. Enquanto a agência AFP contabiliza 80 detenções, a Reuters fala em 119 detenções ao longo de todo o país.

A polícia de Miranda, um estado governado por Henrique Capriles, líder da oposição, confirmou a morte do agente, embora sem a ligar directamente aos protestos contra o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Capriles aproveitou o protesto para asseverar que o movimento da oposição “deve continuar a crescer para que o Governo compreenda de uma vez por todas que isto é a sério”. O governador de Miranda contou 120 feridos e mais de 140 pessoas detidas.

Os confrontos registados durante a marcha da oposição contra Maduro provocaram mais de 120 feridos, disse Henrique Capriles. Segundo a AFP, a marcha juntou centenas de milhares de pessoas nas ruas venezuelanas. Vários protestantes saíram à rua vestidos de branco e, com a bandeira do país na mão, gritaram: “este governo vai cair!”, descreve a Reuters.

A tensão verificada no protesto desta quarta-feira comprova que o apelo do Papa Francisco para o diálogo não encontrou eco entre as forças políticas da Venezuela.

A marcha desta quarta-feira foi organizada contra a suspensão do processo de recolha de assinaturas para a realização de um referendo para revogar o mandato de Nicolás Maduro.

“Apelamos a uma greve geral na próxima sexta-feira. Que toda a gente fique em casa”, apelou Jesus Torrealba, secretário-executivo da Mesa de Unidade Democrática (MUD).

Sugerir correcção
Ler 7 comentários