Detidos seis suspeitos de violarem turista suíça na Índia

Homens têm entre 20 e 25 anos e pertencem a uma tribo local.

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A turista suíça foi levada, de cara tapada, para o hospital onde foi examinada Reuters

A polícia indiana anunciou no domingo que deteve seis suspeitos da violação colectiva de que foi vítima uma turista de nacionalidade suíça, na sexta-feira à noite.

A mulher, de 39 anos, estava a fazer uma viagem pelo país de bicicleta, com o marido. O casal dirigia-se ao famoso palácio do Taj Mahal, em Agra, e decidiu acampar durante a noite numa floresta no estado de Madhya Pradesh, no centro da Índia. Segundo a polícia local, os dois foram atacados por seis homens. A mulher foi repetidamente violada na presença do marido, que também foi agredido, e foram-lhes roubados 185 dólares (dez mil rupias), um telemóvel e um portátil.

Inicialmente, a polícia tinha dito que o ataque tinha sido levado a cabo por sete homens e que quatro deles tinham praticado a violação. No entanto, durante a investigação as autoridades concluíram que apenas seis homens estiveram envolvidos. Segundo a Reuters, que cita o inspector-geral da polícia Dilip Arya, os suspeitos têm entre 20 e 25 anos e pertencem a uma tribo local.

Além da detenção dos seis suspeitos, a polícia conseguiu recuperar os bens roubados. Os detidos vão nesta segunda-feira a tribunal, segundo o inspector-geral da polícia.

A mulher foi hospitalizada após o ataque, mas já teve alta. O casal está alojado na embaixada da Suíça em Nova Deli. “A saúde deles é a prioridade neste momento”, disse o embaixador suíço na Índia, Linus von Castelmur, citado pela CNN. “A embaixada tem estado em contacto com as autoridades locais e pediu que a investigação seja célere e que seja feita justiça”, acrescentou.

Este ataque acontece numa altura em que milhares de pessoas na Índia protestam contra a violência sexual contra as mulheres e a impunidade que faz com que os atacantes raramente sejam condenados. O Governo indiano recomendou recentemente um novo pacote legislativo com penas mais severas para este crime, que prevê a condenação à morte dos violadores.

Esta onda de protestos começou depois da violação colectiva de uma estudante indiana de fisioterapia, de 23 nos, em Nova Deli, que acabou por morrer no hospital. Os autores do crime estão presos a aguardar julgamento, sendo que um deles foi encontrado morto na semana passada, enforcado na cela, em circunstâncias ainda não apuradas.

Segundo os dados oficiais do Departamento Nacional de Crimes indiano, uma mulher é violada na Índia a cada 20 minutos. Mas as autoridades estimam que apenas quatro em cada dez violações são denunciadas.

 
 

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