Desmond Tutu não pode “rezar a um Deus homofóbico”

Arcebispo anglicano e prémio Nobel da Paz participa em campanha das Nações Unidas.

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Desmond Tutu Pedro Cunha

O arcebispo sul-africano e prémio Nobel da Paz Desmond Tutu prefere ir para o inferno do que para um “paraíso homofóbico”. “Não posso rezar a um Deus homofóbico”, disse numa conferência patrocinada pelas Nações Unidas para lançar uma campanha a favor da igualdade de direitos dos homossexuais, na Cidade do Cabo, na África do Sul, no final da semana.

Aos 81 anos, o arcebispo da Igreja Anglicana acredita que Deus olha da mesma forma para homo e heterossexuais. “Recusaria ir para um paraíso homofóbico… quer dizer, preferiria ir para outro sítio”, declarou. “Não rezaria a um Deus homofóbico e é assim que eu sinto no mais íntimo do meu ser”, acrescentou durante a promoção da campanha intitulada “Livres & Iguais” que promove a tolerância e a igualdade de direitos para lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros.

A campanha é da responsabilidade do alto-comissariado para os Direitos Humanos da ONU.

A escolha da África do Sul para promover esta campanha justifica-se porque se trata de um país situado num continente onde é grande a discriminação e a violência contra os homossexuais, justifica a ONU.

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