Cuba aceita pedido do Papa e declara sexta-feira santa como feriado

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Decisão surge a pedido de Bento XVI, que visitou Cuba entre 26 e 28 de Março Foto: Reuters/Osservatore Romano

O Presidente cubano, Raul Castro, decretou "com carácter excepcional" que a próxima Sexta-feira Santa seja feriado naquele país. Castro acedeu, dessa forma, a um pedido formulado pelo Papa Bento XVI durante a recente visita efectuada à ilha.

O decreto presidencial foi noticiado pelo jornal oficial Granma. "O conselho de ministros aceitou ontem que não se trabalhe na próxima sexta-feira, 6 de Abril", lê-se numa curta declaração publicada nesse periódico.

"Pouco antes da partida do Papa, o Presidente cubano exprimiu a sua vonta de de que a próxima sexta-feira, 6 de Abril, seja feriado, excepcionalmente, de acordo com a vontade do Papa, em homenagem a Sua Santidade e que, tendo em conta o feliz resultado da sua visita ao nosso país, iria incumbir os órgãos superiores da nação para que tomassem uma decisão definitiva sobre a matéria", refere o mesmo comunicado, aludindo dessa forma à assembleia nacional.

O Vaticano, por seu lado, qualifica esta decisão como um "sinal muito positivo", de acordo com o porta-voz Federico Lombardo. "A Santa Sé espera que isto promova a participação nas celebrações religiosas e festas da Páscoa", acrescenta o mesmo responsável.

Bento XVI visitou Cuba entre 26 e 28 de Março, tendo celebrado duas missas ao ar livre durante essa viagem. Uma delas em Santiago de Cuba, no sudeste do país e outra na capital, Havana. Além dos momentos e encontros dedicados à religão, o papa também teve tempo para se reunir com representantes do poder político, entre os quais com o próprio Fidel Castro, o líder histórico comunista, já retirado do poder. Aliás, em 1997, o próprio Fidel Castro teve uma atitude semelhante à que agora foi tomada, quando declarou o dia 25 de Dezembro um feriado, também com carácter excepcional, a propósito da visita do papa de então, João Paulo II, que visitaria a ilha um mês depois, no fim de Janeiro de 1998. Depois disso, o feriado de Natal manteve-se nesta ilha comunista.

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