Coreia do Norte confirma lançamento de satélite até 29 de Dezembro

Uma "deficiência técnica" obrigou Pyongyang a adiar a operação, que foi prevista para assinalar o primeiro aniversário da morte do antigo líder Kim Jong-il.

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A Coreia do Norte adiou em mais de uma semana o lançamento de um satélite em órbita, atirando a operação para o mesmo período em que serão realizadas eleições na Coreia do Sul e no Japão, os dois inimigos da região.

A iniciativa, que estava prevista acontecer entre 10 e 22 de Dezembro, de forma a coincidir com o primeiro aniversário da morte do antigo líder Kim Jong-il, foi adiada depois de ter sido descoberta uma “deficiência técnica” no rocket que transportará o satélite, informou a agência estatal KCNA. O prazo para o lançamento foi estendido até 29 de Dezembro, acrescentou.

O anúncio do lançamento foi imediatamente condenado pela comunidade internacional, que alertou Pyongyang para as consequências da violação das resoluções das Nações Unidas, que proíbem o regime de realizar testes balísticos ou ensaios nucleares. Em 2006 e 2009, a Coreia do Norte efectuou dois exercícios militares envolvendo mísseis de longo alcance. Em Abril , um terceiro lançamento redundou em fracasso, com o míssil a explodir dois minutos após a descolagem.

Tal como nessa altura, Pyongyang insiste agora que o lançamento não tem fins militares e se destina a colocar um satélite meteorológico em órbita. Mas o Ocidente acusa o regime de Kim Jong-un de estar a desenvolver mísseis intercontinentais com alcance superior a 6700 quilómetros, o que colocaria o território dos Estados Unidos ao alcance de um ataque.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos têm estado a monitorizar a actividade junto do complexo de Tongchang-ri, utilizado para os testes balísticos. Segundo uma notícia do jornal sul-coreano Chosun Ilbo, os serviços secretos tinham provas do transporte e entrada de componentes para um novo rocket naquelas instalações.

O Japão accionou o  sistema de defesa aérea, um procedimento habitual perante o anúncio de lançamentos por parte da Coreia do Norte.

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