Controladora que terá detectado problemas no voo da Chapecoense fugiu para o Brasil

Funcionária aeroportuária era procurada pela polícia por incumprimento de deveres.

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Reuters

Celia Castedo, a controladora aeroportuária que, segundo as autoridades bolivianas, autorizou a partida do avião da companhia aérea Lamia, que há uma semana se despenhou em Medellín, pediu asilo no Brasil. Segundo a imprensa boliviana, esta funcionária é procurada pela polícia do país, acusada de “incumprimento de deveres e atentando contra a segurança de voo”.  

Segundo revela o jornal braisleiro O Globo, nesta terça-feira, Castedo encontra-se em Corumbá, cidade fronteiriça com Santa Cruz, Bolívia, onde vivia e de onde partiu o avião que transportava a equipa brasileira de futebol Chapecoense, cujos atletas e dirigentes na sua maioria morreram após a queda do avião que vitimou 71 das 77 pessoas que seguiam a bordo.

Segundo a imprensa boliviana, Castedo detectou, antes da partida do avião, que o combustível da aeronave era insuficiente para fazer o trajecto entre Santa Cruz e Medellín. Porém, a autoridade aeronáutica boliviana diz que esse problema só foi comunicado um dia depois do acidente, o que terá acontecido porque a funcionária tentou encobrir a sua responsabilidade.

O Ministério Público Federal brasileiro informou, em comunicado, que Castedo pediu refúgio à Procuradoria da República em Corumbá, na segunda-feira.

Já na tarde desta terça-feira, o governo da Bolívia exigiu que o Brasil expulse do país Celia Castedo. Segundo o ministro do interior da Bolívia, Carlos Romero, “não há argumentos para justificar um pedido de asilo”. “Logicamente, num caso destes, deve haver um processo de expulsão automática”, acrescentou.

As causas do acidente ainda estão a ser investigadas, mas a principal pista é a de que o avião ficou sem combustível durante o voo a caminho de Medellín, onde a Chapecoense enfrentaria o Atlético Nacional na final da Copa Sul-Americana.

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