Condutor palestiniano tenta atropelar e esfaquear israelitas em Jerusalém

Polícia israelita disse que se tratou de um "acto terrorista". Na quinta-feira à noite os palestinianos decidiram cessar a cooperação com Israel no campo da segurança.

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O atacante é um palestiniano de Jerusalém Oriental AFP

Foi junto à separação entre Jerusalém Oriental e Ocidental — um condutor palestiniano atirou o carro para cima de um grupo de israelitas que estavam num passeio, depois saíu do veículo, tentou apunhalá-los e acabou baleado pela polícia.

Foi "um ataque terrorista", disse a porta-voz da polícia Luba Samri, e o atacante escolheu um dia e um momento em que está muita gente na rua porque nesta sexta-feira é feriado em Israel, celebra-se o Purim (a libertação dos judeus condenados ao extermínio no antigo império persa) .

A polícia não revelou a identidade do atacante, disse apenas que é um morador da parte Oriental de Jerusalém (a Jerusalém árabe; a restante foi ocupada por Israel em 1967) e que feriu, sem gravidade, diversas pessoas, das quais quatro mulheres polícias.

O ataque teve lugar um dia depois de as autoridades palestinianas terem decidido, por votação, deixar de cooperar com Israel no campo da segurança, como fora estipulado nos acordos de paz de 1993. Esta decisão palestiniana foi uma resposta a outra decisão, que por sua vez foi uma resposta a uma decisão palestiniana. Israel suspendeu o pagamento das receitas dos impostos que cabem aos palestinianos porque os palestinianos pediram a adesão (que foi aceite) ao Tribunal Penal Internacional (TPI) onde são investigados crimes de guerra e julgados criminosos. A Autoridade Palestiniana disse que poderá avançar com uma primeira queixa contra Israel, em Abril.

Os ataques com veículos em Jerusalém não são incomuns, sobretudo na zona de separação dos dois sectores. No ano passado, um palestiniano atropelou mortalmente três israelitas e uma mulher do Equador.

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