Combates nos Golã sírios entre jihadistas e soldados da ONU

Duas bases da força de monitorização da Síria atacadas por grupo que inclurá elementos da Frente al-Nusra.

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Militar da força da ONU nos Montes Golã: 44 soldados estão em poder de um grupo sírio AHMAD GHARABLI/AFP

Primeiro foi o ataque dos rebeldes sírios a dois campos da força das Nações Unidas nos Montes Golã, que foi repelido. Depois veio a notícia de que entre 35 soldados desta força, das Filipinas, que estavam encurralados, foram libertados. Mas os rebeldes, que incluirão elementos da Frente al-Nusra, que se diz leal à Al-Qaeda, têm ainda 44 militares das ilhas Fiji em seu poder.

Tudo isto aconteceu depois dos rebeldes terem tomado, no final da semana, a zona da fronteira com Israel, ganhando o controlo do último posto fronteiriço local às tropas de Bashar al-Assad.

No sábado de manhã, rebeldes atacaram dois campos com um total de 75 soldados, exigindo aos soldados filipinos que se rendessem. Estes recusaram e repeliram o ataque. Enquanto isso, uma brigada especial irlandesa interveio no campo em que os soldados filipinos encurralados estavam, assegurando a sua saída.

Mas os militares da Fiji continuavam detidos. A ONU diz que a situação “continua muito, muito fluida” mas diz ter recebido garantias de que os soldados “estão de boa saúde”. A Frente Nusra começou recentemente a fazer reféns tentando conseguir trocas de prisioneiros detidos na Síria e Líbano.

A força de monitorização na Síria está na região desde 1974, após um acordo entre Israel e a Síria estabelecer uma zona tampão desmilitarizada e supervisionada pela ONU.

No entanto, desde o início da guerra síria alguns países, como a Áustria, Croácia ou Japão, já retiraram os seus soldados. As Filipinas tinham anunciado que se preparavam para fazer o mesmo. Para além das Fiji, Filipinas e Irlanda, a força tem militares da Holanda, Índia e Nepal.
 

  

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