Caos na linha do Eurostar entre França e Inglaterra após intrusão na via férrea

Pessoas a tentar sair de Calais pela via férrea deixam cinco comboios e centenas de passageiros bloqueados.

Passar pela linha de comboio começou a ser mais comum depois do reforço das medidas de segurança nos ferries de Calais para Dover (Inglaterra)
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Passar pela linha de comboio começou a ser mais comum depois do reforço das medidas de segurança nos ferries de Calais para Dover (Inglaterra) Pascal Rossignol/Reuters
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DENIS CHARLET/AFP

A linha ferroviária do Eurostar, que passa sob o Canal da Mancha, esteve inoperacional durante várias horas depois de terem sido detectadas pessoas, migrantes ou refugiados, na linha sob o Canal da Mancha.

Este túnel ferroviário teve já a sua segurança reforçada para impedir estas intrusões, algumas que acabaram com mortes, mas, apesar disso, há pessoas a conseguir passar.

Trata-se de migrantes ou refugiados que chegaram de locais como a Síria ou o Afeganistão, e que querem ir para Inglaterra, por lá terem familiares, por falarem inglês, ou por acharem que conseguem trabalhar sem documentos mais facilmente (em especial nos casos em que não obtiveram asilo, mas não foram repatriados). Há neste momento cerca de 3000 pessoas em Calais, na expectativa de passar para Inglaterra sem documentos.

As intrusões foram detectadas pelas 20h30 da noite de terça-feira e foi necessário cortar a corrente eléctrica por razões de segurança. Foi chamada a polícia, que deteve os intrusos. “Ficámos quase quatro horas à entrada do túnel, víamos os polícias passar”, contou à AFP
Clothilde, uma francesa de 23 anos que mora em Londres.
Como a energia foi cortada, o comboio ficou sem luzes e sistema de climatização, e havia passageiros a queixar-se de falta de ar. 

Cinco outros comboios foram afectados, com centenas de passageiros à espera – alguns conseguiram seguir viagem, outros não. Entretanto chegou na manhã desta quarta-feira um Eurostar especial a Calais para levar cerca de 700 passageiros.

Com o reforço de medidas de segurança nos ferries, onde os migrantes ou refugiados vêm tentando entrar escondidos na parte de baixo de camiões de carga, a via seguinte passou a ser a ferrovia sob o canal. Mas este ano morreram já nove pessoas na linha de comboio – o último foi um sudanês.

Depois do aumento de pessoas a entrar na linha  em algumas noites eram centenas, que iam para a entrada do túnel em grupos e tentavam passar  as estações tiveram entretanto também a segurança reforçada.

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